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TRÂNSITO

Manifestações provocam caos no Centro

A confluência de três manifestações de grande porte, praticamente no mesmo horário, ontem pela manhã, na região central de Curitiba, testou a paciência do curitibano e deixou o trânsito caótico, pelo menos das 10 horas às 15h30. O protesto dos professores da rede estadual de ensino, da Via Campesina (movimento internacional que coordena organizações camponesas) e do Greenpeace reuniram no total cerca de 14 mil manifestantes, segundo dados dos organizadores.

Se foi coincidência ou não o fato de as três manifestações serem realizadas no mesmo dia e horário ninguém sabe ou quer dizer. Nos pontos da região central por onde passaram as manifestações, algumas ruas ficaram totalmente bloqueadas e, num efeito dominó, várias vias próximas foram afetadas, tornado o trânsito lento. As avenidas Sete de Setembro, Visconde de Guarapuava, Silva Jardim, Marechal Deodoro, Marechal Floriano e ruas Alferes Poli e Doutor Faivre foram as mais prejudicadas. O transporte coletivo também sofreu, já que os manifestantes da Via Campesina bloquearam o eixo central dos biarticulados, da Praça Eufrásio Corrêa até a Estação Central.

De acordo com a Urbs, empresa que adiministra o transporte coletivo na cidade, na hora do almoço os biartculados normalmente passam de minuto em minuto. Com o bloqueio nas ruas centrais, os motoristas tiveram de usar a criatividade para procurar desvios fora das canaletas e manobrar, em ruas estreitas, veículos com 25 metros de comprimento. Biarticulados trafegando pela ruas André de Barros, Mariano Torres, João Negrão e Avenida Iguaçu foram uma visão comum para quem passava por essas regiões.

Nos terminais, a espera por um biarticulado chegou a 30 minutos. Segundo a Urbs, não foi possível determinar os atrasos dos ônibus das linhas convencionais, mas sabe-se que em alguns casos foi preciso esperar mais de meia hora. Todos os terminais de ônibus de Curitiba acabaram afetados de alguma forma, principalmente os terminais Cabral, Boa Vista e Centenário.

O técnico em informática André Gomes Zanrosso ia do Centro para o Água Verde e desistiu no meio do caminho. "Voltei a pé porque não ia chegar na hora marcada mesmo", reclamou. "Eles têm o direito de protestar, mas eu tenho o direito de trabalhar", completou. A bancária Ivanilde Varela estava preocupada com o fato de chegar atrasada ao serviço. "Fico com pontos negativos, eles que procurem outro lugar para protestar", disse.

A dona de casa Ana Ribas comemorava o fato de não ter perdido a consulta com o médico, cuja espera pode chegar a três meses. "Sorte minha que saí mais cedo", afirmou. Os estudantes Susana Pimentel, Estafanie Moreira e Pablo Lenzi iam do Centro ao Boqueirão para uma entrevista de estágio. "Não vamos chegar a tempo", temiam. "Liguei para o 156 e não sabiam informar por onde os ônibus estavam desviando", afirmou Susana.

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