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Ao menos 20 manifestantes continuam acampados nesta segunda-feira (24) em frente à casa do governador do Rio, no Leblon, zona sul carioca. O grupo diz que só levantará o acampamento se houver uma conversa com Sérgio Cabral (PMDB) sobre suas reivindicações na área da saúde e educação.

A maioria são jovens na faixa etária de 20 a 25 anos. Alguns tiveram que deixar o acampamento para trabalhar e só retornarão à noite para dormir no local. Outros são universitários ou desempregados. Eles permanecem em quatro barracas montadas na esquina da rua Aristides Espínola -bloqueada pela PM- com a avenida Delfim Moreira (na pista sentido São Conrado).Vinícius Fragoso, 20, por exemplo, disse que teve que escolher entre o trabalho de design gráfico numa empresa e o protesto. "Porque o meu patrão disse que eu não podia cumprir o meu horário desse jeito. Tive que optar pela manifestação", contou o jovem, que também faz trabalhos temporários como ator.

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Já Sven Waddington, 20, é estudante de fotografia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e desde a última semana falta as aulas para participar dos protestos na capital. "Tento ir pelo menos duas vezes por semana na faculdade para não ter problemas", disse.

Com a mesma roupa desde sexta-feira, a cantora Luiza Dreyer, 22, conta que sua rotina tem sido difícil no acampamento por conta da má alimentação. No final de semana, ela sofreu uma queda de pressão e foi socorrida por policiais militares que fazem a segurança em frente à casa do governador. Na ocasião, eles chamaram uma ambulância, mas Dreyer disse que já havia se recuperado.

"Passei mal porque não estou acostumada a comer besteiras e ultimamente a gente só se alimenta com pizza, pão e comidas gordurosas. Sentimos falta de comida que sustente como arroz e feijão ou macarrão", disse Dreyer.

A cantora diz que conta com apoio de moradores locais que doam toalhas de banho e alimentos como pão com queijo e presunto. Os jovens pagam R$ 1,10 para tomar banho no posto 12 da praia do Leblon. Para usar o banheiro, eles pagam R$ 1,70.

"Só queremos ter uma conversa com o governador. Não é por repressão. É por diálogo. Só vamos sair daqui quando isso acontecer", afirmou Dreyer.

O movimento passou a ser chamado de "Ocupe Delfim Moreira", em uma referência ao nome da avenida da orla do bairro. "Não existe líder aqui. Não formamos facções. Somos apenas um coletivo pedindo resposta ao governador pelas desigualdades", disse Jair Fisher, 21, que também integra o grupo.

Taxistas entram no protesto

Cerca de cem taxistas saíram em carreata do aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio, rumo ao Forte de Copacabana, zona sul, para um protesto contra a licitação municipal de permissões aos motoristas de táxi. No final da manhã, eles já faziam uma enorme fila pela pista, no sentido Ipanema, na orla carioca.

Apesar da interdição de uma das pistas na região, o trânsito fluía normalmente. Não havia informações de tumultos.

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