As cerca de 500 mulheres sem-terra que invadiram na manhã desta quinta-feira (7) uma fazenda da senadora Kátia Abreu (PSD-TO) deixaram o local na tarde de hoje. A saída ocorreu de forma pacífica.

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A fazenda fica na cidade de Aliança (TO), às margens da rodovia Belém-Brasília, que também chegou a ter as pistas nos dois sentidos interditadas pelas manifestantes.

As trabalhadoras rurais também desocuparam as vias sem nenhum tipo de conflito.Símbolo da defesa do agronegócio no Congresso Nacional, a senadora Kátia Abreu --que também preside a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)-- classificou como "milícia" a Via Campesina, movimento do qual o MST faz parte.

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Ela chegou a afirmar em nota que "48 empregados da fazenda haviam sido transformados em reféns" pelas manifestantes.

O deputado federal Irajá Abreu (PSD-TO), filho da senadora, informou que as camponesas causaram um prejuízo de aproximadamente R$ 500 mil ao destruir mudas de árvores na propriedade.

Logo após a desocupação, dirigentes do MST negaram as acusações da senadora e disseram que a permanência das manifestantes aconteceu sem nenhum tipo de violência ou ameaça contra os empregados da fazenda.

O MST afirmou que escolheu invadir por algumas horas a fazenda da família da senadora porque as terras foram embargadas duas vezes pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Os embargos foram em decorrência de desmatamentos em áreas de preservação. Kátia Abreu rebateu dizendo que a área é "produtiva e moderna", servindo para a produção de eucaliptos.

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