Os cerca de 30 manifestantes que ocupavam o plenário e a área externa da Câmara Municipal de Belo Horizonte deixaram nesta quinta-feira (8) o prédio após uma semana de ocupação. Eles acataram determinação judicial expedida na quarta-feira (7), que ordenou a desocupação para "propiciar o regular funcionamento da Casa Legislativa".
O grupo ocupou a Câmara após protesto nas galerias destinadas ao público no dia em que os vereadores retomariam os trabalhos após o recesso legislativo. O protesto causou embates entre os manifestantes e parlamentares, seguranças e também o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB).
Uma das principais reivindicações era a abertura das planilhas de custo do transporte coletivo da capital. Lacerda chegou a chamar os manifestantes de "preguiçosos" por não acessarem os dados na internet. Mas as informações disponíveis na página da BHTrans, empresa responsável pelo gerenciamento do trânsito e do transporte público na cidade, e no portal da Transparência da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) são de 2007, anteriores à renovação dos contratos e da eleição de Lacerda.
Durante a ocupação, os manifestantes protagonizaram ao menos um princípio de confronto com seguranças ao tentarem entrar no plenário para distribuir coxinhas. O ato era uma referência ao presidente da Câmara, vereador Léo Burguês (PSDB), que destinava verba de gabinete para a lanchonete da própria madrasta. O protesto levou Burguês a pedir a reintegração de posse do prédio com alegação de esbulho, que é privar alguém da posse de um bem com violência, ameaça ou mediante ação de um grupo.
O juiz Wauner Batista Ferreira Machado, da 3ª Vara da Fazenda Municipal de Belo Horizonte da Justiça mineira, negou a ocorrência de esbulho, mas entendeu haver turbação, termo que define o impedimento de livre exercício da posse de um bem por ato de terceiros, apesar dessa posse não ter sido perdida. O magistrado ordenou que os manifestantes deixassem os jardins, gabinetes e estacionamentos e determinou que protestos devem ser feitos apenas em locais destinados ao público e em horários de funcionamento da Câmara. Ele estipulou multa de R$ 500 por manifestante a cada dia que a ocupação fosse mantida.
Os manifestantes, no entanto, alegaram que deixaram o prédio porque tiveram atendidas as reivindicações de realização de audiência pública sobre o transporte público, marcada para o dia 28, além de diálogo com a prefeitura sobre o serviço. A Câmara já havia sido ocupada do fim de junho até o início de julho.
Eleição sem Lula ou Bolsonaro deve fortalecer partidos do Centrão em 2026
Saiba quais são as cinco crises internacionais que Lula pode causar na presidência do Brics
Elon Musk está criando uma cidade própria para abrigar seus funcionários no Texas
CEO da moda acusado de tráfico sexual expõe a decadência da elite americana
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora