Um protesto fechou os dois sentidos do Contorno Sul, na BR-376, em Curitiba, na manhã desta quinta-feira (23), por cerca de três horas. A manifestação ocorreu no quilômetro 592, próximo ao cruzamento com a rua João Bettega, na Cidade Industrial (CIC).
De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a via foi fechada por cerca de 300 pessoas ligadas ao Movimento Popular por Moradia (MPM). A interdição começou por volta das 7 horas e foi até as 10h15. Houve queima de pneus e filas de carros quilométricas se formaram. Policiais rodoviários tiveram que limpar os restos de pneus queimados que ficaram no local e o tráfego foi liberado parcialmente às 10h50.
De acordo com a PRF, representantes da Cohab (Companhia de Habitação Popular de Curitiba) chegaram ao local do protesto por volta das 10 horas negociar com os manifestantes. Com a garantia de que haveria uma reunião deles com a prefeitura, o ato na rodovia foi encerrado.
De acordo com Paulo Roberto Santos, um dos coordenadores do MPM, a ideia é cobrar uma posição do Executivo a respeito da expansão do aterro sanitário administrado pela empresa Essencis Soluções Ambientais, na CIC. O local fica ao lado de uma das áreas hoje habitadas por cerca de 800 famílias ligadas ao MPM, chamada de Ocupação Tiradentes. Há outras duas ocupações na CIC, “Nova Primavera” e “29 de março”.
“Achamos que a prefeitura de Curitiba deveria declarar que não concorda com a expansão de um aterro sanitário em uma área que deveria ser somente residencial ou industrial”, afirmou Santos.