Centenas de pessoas ocupam na tarde desta terça-feira (18) as escadarias da Catedral da Sé, no centro da capital paulista, para a concentração do sexto protesto contra o reajuste da tarifa do transporte público em São Paulo. O clima é de entusiasmo. Há poucos policiais no local e os manifestantes cantam palavras de ordem e empunham bandeiras e faixas com reivindicações diversas.
"SOS Saúde", "Todos contra a corrupção" e "Filhos da Revolução" são alguns dos dizerem dos cartazes trazidos pelos manifestantes. O escolhido para a manifestação desta tarde é simbólico na capital nas lutas sociais. Foi na Praça da Sé, em 1984, que cerca de 1 milhão de pessoas se reuniram pata pedir as Diretas Já.
Ontem a passeata organizada pelo Movimento Passe Livre (MPL) reuniu cerca de 65 mil pessoas, segundo o Instituto Datafolha, e transcorreu de forma pacífica por vias importantes da cidade. O único episódio de violência foi registrado em frente à sede do governo estadual, à noite, quando um grupo tentou invadir o local e foi reprimido pela polícia.
O governo de São Paulo, em nota oficial, convocou no início da tarde desta terça-feira as lideranças do Movimento Passe Livre para que mantenham "contato contínuo" com oficiais da PM que acompanharão a manifestação marcada para as 17h na Praça da Sé. O secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, foi quem pediu para que o grupo mantenha o acordo firmado com o governo para evitar problemas.
"O secretário faz um chamamento aos manifestantes que programaram um ato para às 17hs de hoje, na praça da Sé, para que seja mantido o mesmo acordo feito ontem: que os líderes da manifestação mantenham contato contínuo com oficiais da PM para que a polícia possa garantir a segurança da população e das pessoas que participam do protesto", diz Grella, na nota.
Sem citar a tentativa de alguns manifestantes em invadir o Palácio dos Bandeirantes, na noite de segunda-feira, o secretário falou em "demonstração de civismo" no último protesto. "O secretário parabeniza os manifestantes e a polícia pelo ato majoritariamente pacífico de ontem e também a população paulistana, que soube respeitar e apoiar uma demonstração de civismo.
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