Manifestantes seguram faixa durante manifestação em frente à sede da Prefeitura de Curitiba| Foto: Antonio More/Agência de Notícias Gazeta do Povo

Após a ocupação da Câmara dos Vereadores de Curitiba, a Frente de Luta pelo Transporte (FLPT) promove nesta sexta-feira (25) uma aula pública sobre as causas do movimento em frente à prefeitura da capital paranaense, no Centro Cívico. A organização convocou o evento, marcado para as 14 horas, por meio do Facebook.

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Conforme a página do evento, o tema da aula será a mobilização pelo transporte público. O professor Lafaiete Neves, doutor em Desenvolvimento Econômico pela UFPR e pesquisador na área de políticas públicas dará a aula. Ele antecipa que o passe livre deve ser o tema central da fala, com duração de cerca de 40 minutos.

"Em várias cidades do Brasil, já se conquistou o passe livre e temos, em várias cidades do Brasil, projetos tramitando nas câmaras para o passe livre. Em Curitiba, tivemos aquele ato na Câmara e como resultado, os estudantes conseguiram que a tramitação ocorra até 18 de dezembro, coincidindo com o prazo final para a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)."

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Neves pretende explicar o que significa o passe livre a relação dele com o acesso à educação e ao emprego. "Mesmo por formas alternativas, como as vans, muitas vezes isso onera demais o orçamento familiar. Logo, a concessão desse passe direito significa também garantir acesso ao direito universal à educação. E os desempregados não tem como buscar emprego se eles não tiverem como chegar até as alternativas de trabalho."

Ocupação na Câmara

Cerca de 40 integrantes da FLPT foram até a Câmara Municipal no dia 15 de outubro e ocuparam o local. Eles reivindicavam a redução da tarifa do transporte público na capital, dos atuais R$ 2,70 para R$ 2,25, e a anulação do contrato firmado com as empresas de ônibus. No fim, em reunião com os vereadores, os estudantes conseguiram firmar um acordo para que o projeto de lei sobre o passe livre seja votado até o fim do ano. A ocupação ocorreu cerca de 24 horas depois de maneira pacífica.

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