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Os cerca de 60 manifestantes que, neste momento, ocupam o plenário da Câmara de Vereadores do Rio decidiram que profissionais da imprensa que acompanhavam o ato só poderiam permanecer no local com equipamentos desligados.

A decisão foi tomada após uma votação entre representantes do grupo que protesta no local. A imprensa acabou se retirando após discussões. Neste momento, só há manifestantes no plenário. A polícia está posicionada nos corredores da Câmara e do lado de fora do prédio.

CPI dos Ônibus

O protesto está relacionado à instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Ônibus, uma das reivindicações dos manifestantes que, desde junho, saem às ruas no Rio. As pessoas que participam do ato estão descontentes com a escolha do novo presidente da comissão.

Na manhã de hoje, dois parlamentares da base aliada do governo Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes - Chiquinho Brazão e professor Uóston - foram os escolhidos para ocupar os cargos de presidente e relator da CPI, respectivamente.

A composição da CPI desagradou os que incentivaram a sua criação. Dos cinco escolhidos, apenas o vereador Eliomar Coelho (PSOL) assinou o requerimento para a instalação da comissão, os outros foram contrários às investigações.

A CPI vai investigar a atuação dos quatro consórcios que exploram o serviço de transporte de ônibus na capital fluminense. Eles venceram uma licitação em 2010, que está sendo investigada pelo Tribunal de Contas do Município.

Na Assembleia Legislativa, também há pedidos de CPIs engavetadas. As principais tratam sobre as viagens ao exterior do governador Sérgio Cabral (PMDB), o uso dos helicópteros, e as obras da região Serrana.

Invasão

Ontem, ao final da sessão legislativa, cerca de 25 pessoas que assistiam do plenário se recusaram a deixar o local. Vereadores tentaram negociar a saída do grupo, mas pelo menos 16 manifestantes permaneceram no prédio durante a madrugada. Por volta das 4h desta sexta, as pessoas que participam do protesto deixaram o local.

Segundo a assessoria de imprensa da Câmara Municipal, a saída foi pacífica. A reportagem não conseguiu contato com nenhum integrante da ocupação até as 17h.Contudo, na noite de ontem houve confronto com a polícia. Policiais tentaram retirar as pessoas que estavam agrupadas em uma entrada lateral do local e os manifestantes reagiram jogando bombas caseiras. Policiais revidaram com bombas de gás lacrimogêneo e com tiros de bala de borracha. A Polícia Militar não permitiu a entrada da imprensa durante a ocupação.

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