Agora é para valer. As praças de pedágio devem ser tomadas por manifestantes nos próximos dias. Por enquanto, não há data prevista. O ex-deputado estadual Acir Mezzadri, coordenador do Movimento de Usuários de Rodovias do Brasil (Murb), confirmou ontem as manifestações. O dia e o horário serão escolhidos pelos usuários e a imprensa será avisada, disse Mezzadri. Na ofensiva, a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) informou, em entrevista coletiva, que os organizadores estarão sujeitos a multas pesadas, que serão solicitadas à Justiça.

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Apesar dos cuidados da ABCR, que busca novos interditos proibitórios contra as invasões, Mezzadri disse que o movimento popular só aguarda a decisão de simpatizantes para começar o protesto contra o aumento médio das tarifas de 8%, em vigor desde o início do mês. Anteontem, ele coordenou uma reunião na sede do Sineepres, sindicato que representa trabalhadores terceirizados e temporários, para traçar estratégias. Participaram sindicalistas, líderes comunitários, políticos e representantes de prefeituras do interior, entre outros.

Mezzadri passou a admitir a reunião no Sineepres, após negá-la anteontem, com a intenção de fazer várias manifestações. "Não são eles que vão nos pautar (as concessionárias), mas os simpatizantes do fórum", afirmou. Queremos discutir o preço do pedágio e porque as concessionárias investem nas rodovias apenas um terço do que arrecadam", afirma Mezzadri com base em informações do Departamento de Estradas de Rodagem (DER).

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Em entrevista coletiva, o diretor-regional da ABCR, João Chiminazzo Neto, insinuou que o governo estadual pode estar por trás das ameaças de invasão das praças de pedágio no Paraná. O governo informou que não vai comentar a insinuação do diretor da ABCR.

Chiminazzo disse ainda que não vai responder as perguntas de Mezzadri sobre a arrecadação das concessionárias, porque o movimento popular é informal, não tem representação jurídica. "Arrecadação não significa ga-nho. Sempre estivemos dispostos a sentar e rever os contratos e na medida do possível rever as tarifas das concessionárias", afirmou.