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Mais de 400 pessoas estavam acampadas em terreno na Vila Sabará, na Cidade Industrial de Curitiba, na tarde desta quarta-feira (22) | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Mais de 400 pessoas estavam acampadas em terreno na Vila Sabará, na Cidade Industrial de Curitiba, na tarde desta quarta-feira (22)| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo
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Mais de 400 pessoas seguem acampadas em um terreno localizado no Bolsão Sabará, na Cidade Industrial de Curitiba, na tarde desta quarta-feira (22). As cerca de 200 famílias invadiram o terreno no sábado (18), em protesto contra a demora da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) na contemplação de inscrições feitas há seis anos.

Até as 16h30 desta quarta, 10 carros do Grupamento de Operações Especiais (GOE) da Guarda Municipal aguardavam a expedição de um mandado judicial para reintegração de posse, que poderia sair a qualquer momento. Meia hora depois, esses carros se retiraram do local. A reportagem da Gazeta do Povo também percebeu a presença de viaturas da Polícia Militar circulando pela região. A previsão é que a reintegração não seja feita ao menos até o fim desta quarta.

Desde sábado (18), foram feitas duas desocupações no mesmo local, mas os desalojados retornaram para o terreno – localizado atrás de um campo de futebol. Na segunda-feira, cerca de 70 barracos haviam sido destruídos, mas as habitações provisórias foram reerguidas.

O morador Robson Santana, de 41 anos, afirma que o objetivo da ação é conquistar a posse do terreno e dividi-lo entre os moradores da região que aguardam na fila da Cohab. Mas, caso ocorra a reintegração de posse, ele orientou as pessoas a não reagirem. "Vamos aguardar a forma como a Guarda Municipal vai chegar. Mas se nos tirarem, nós voltamos", garante.

A área ocupada tem 96 mil metros quadrados e pertence à Curitiba S.A., uma empresa de economia mista que substituiu a companhia Cidade Industrial de Curitiba, que fazia a destinação de áreas quando da formação do bairro. A Prefeitura de Curitiba informou que uma parte dessa área foi cedida em comodato para projetos socioesportivos de organizações do bairro, e não está destinada para assentamento. A prefeitura esclareceu que as famílias inscritas na Cohab passaram a ser contempladas por sorteio independentemente do tempo de espera na fila.

VIDA E CIDADANIA | 1:24

Grupo protesta contra a demora na entrega de casas populares pela Cohab. Cerca de 400 pessoas estão alojadas na área

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