Manifestantes voltaram a se instalar nas imediações do prédio onde mora o governador do Rio, Sergio Cabral, no Leblon, na zona sul do Rio. A ocupação começou como um protesto comum, promovido no domingo, 28, à tarde, mas horas depois o grupo decidiu acampar na calçada. Nesta segunda-feira, 29, havia cerca de 30 pessoas no local.

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Os ativistas pedem o impeachment do governador, a desmilitarização da polícia, a liberação dos presos em manifestações e a investigação sobre o paradeiro do pedreiro Amarildo de Souza, morador da comunidade da Rocinha que sumiu após ser detido e supostamente liberado pela polícia. Outro pedido refere-se ao âmbito municipal: o grupo quer a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o contrato da prefeitura com as empresas de ônibus.

O movimento, chamado de "Ocupa Cabral", causa a interdição de uma faixa da Avenida Delfim Moreira no sentido Ipanema, na altura da Rua Aristides Espínola. "Nós agradecemos o apoio que São Paulo está dando ao nosso movimento e também retribuímos", afirma Victor Lopes, fazendo referência a um cartaz exibido pelo grupo onde se lê "Fora Alckmin".

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Manifestantes relataram que, quando tentaram passar pela Rua Aristides Espínola, onde mora Cabral, para ir ao banheiro em uma pizzaria, foram interceptados por policiais que estão na esquina com a avenida Delfim Moreira. "Não vem me perturbar não, faz lá o seu trabalho de protestar que eu faço o meu aqui", teria dito um dos PMs aos jovens. Os agentes disseram que eles deveriam dar a volta por outra rua.

Segundo Renato Garcia, um dos manifestantes, só depois de muita conversa os policiais permitiram a passagem, dizendo que não liberariam o caminho para "baderneiros e mascarados". "Falamos que não tem nenhum baderneiro aqui. É sempre assim, a população tenta o diálogo e eles respondem dessa forma."Vandalismo

A Polícia Civil do Rio identificou mais dois homens acusados de praticar atos de vandalismo durante uma manifestação ocorrida em 18 de julho no Leblon. Arnaldo Martins Neto, 24 anos, e Willian dos Santos aparecem em imagens gravadas pela imprensa.

O vídeo mostra Willian com uma barra de ferro tentando depredar vidros e caixas eletrônicos do banco Itaú, chutando os equipamentos e também incitando outros manifestantes a aderir ao quebra-quebra. Willian também foi filmado durante o furto à loja da Toulon. Ele foi indiciado pelos crimes de furto qualificado, dano ao patrimônio e incitação ao crime.

Arnaldo aparece nas imagens segurando uma placa de sinalização arrancada da calçada. Ele utiliza a placa para quebrar as vidraças de uma agência bancária do Itaú. Arnaldo foi indiciado por dano ao patrimônio público.

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Policiais civis foram à casa de Willian, no Morro do Vidigal, em São Conrado (zona sul), mas ele não estava. Arnaldo foi encontrado e levado à delegacia, onde prestou depoimento, confirmou ter participado dos atos de vandalismo e foi liberado.