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Aplausos, lágrimas e muitas palavras de protesto marcaram o manifesto contra a violência, ontem pela manhã, em Maringá, no Norte do Paraná. O ato público reuniu 6 mil pessoas, segundo a Polícia Militar. A multidão fechou parte da Avenida Brasil, entre as avenidas Herval e a Duque de Caxias, no Centro, por duas horas. A concentração aconteceu na frente da loja Art & Linha, onde foi assassinado o empresário Rubens Orlandine, 41 anos, no último sábado. "A comunidade pede por segurança e as autoridades precisam ouvir", avaliou o presidente do Conselho Comunitário de Maringá (Conseg), Everaldo Moreno.

O evento começou com uma oração e o canto do hino religioso "Segura na mão de Deus", que emocionou a multidão. Em seguida, foi executado o Hino Nacional, seguido do pronunciamento do governador estadual do Rotary, Wilson Isolani. Depois ocorreram orações feitas pelo Monsenhor Antônio Almeida, da Igreja Católica e pelo sheik Mohamed Al Ubudi, feita em árabe e com trechos do Alcorão. Além disso, houve um discurso do pastor evangélico Nilton Tuller, um minuto de silêncio em memória dos 28 assassinados neste ano na cidade, execução do Hino de Maringá e o encerramento com um poema escrito e lido por um dos filhos de Rubens Orlandine, chamado "A Loja da Paz".

Nos intervalos de cada passagem, eram bradadas frases pedindo mais segurança. O momento que mais empolgou os presentes ocorreu quando o pastor Tuller fez críticas à situação do país. Ele foi muito aplaudido quando disse que menor de idade pode votar, mas não pode ser repreendido quando comete crime e ainda é colocado em liberdade (dos seis suspeitos detidos pelo assalto e assassinato de Orlandine, três têm menos de 18 anos).

O manifesto terminou após uma passeata por quatro quadras. Depois da dispersão das pessoas, as autoridades, políticos e representantes de associações de 29 municípios se reuniram na sede da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), onde assinaram um manifesto que será encaminhado ao governador Roberto Requião na próxima semana. O protesto de ontem se estendeu a Sarandi e Paiçandu, reunindo cerca de 500 pessoas nas duas cidades.

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