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Londrina

Máquinas quebradas fazem prefeitura alugar tratores

Enquanto quatro tratores esteira pertencentes ao Município de Londrina, região Norte do estado, estão quebrados, estacionados no pátio da oficina mecânica da Prefeitura, no Jardim Acapulco (zona sul), a administração paga R$ 79,90 por hora de trabalho executado por uma máquina de mesmo modelo, terceirizada, na Fazenda Refúgio (zona sul). O serviço, prestado pela empresa Terraplenagem Trevo, é a retirada de moledo a ser utilizado na manutenção das estradas rurais do Município. A empresa venceu pregão realizado no final do ano passado e tem contrato com a Secretaria Municipal de Agricultura.

De acordo com Nilson Ladeia, secretário de Agricultura, foram contratadas 315 horas, com o custo de R$ 25.168, que terminaram de ser executadas ontem. "Hoje zeramos e vamos solicitar à Secretaria de Gestão Pública a continuidade na prestação do serviço", disse. A secretaria contratou, da mesma empresa, serviços de moto-niveladora, caminhão, pá carregadeira e rolo compactador.

Segundo Pedro Afonso Fiqueiredo, gerente de bens municipais da Secretaria de Gestão Pública, R$ 40 mil é o valor médio do conserto de cada um dos tratores esteira parados. Os tratores esteira têm ano de fabricação entre 1988 e 1990 e estão avaliadas em cerca de R$ 60 mil cada. Figueiredo disse que as máquinas serão leiloadas.

De acordo com ele, o Município está fazendo um levantamento dos problemas apresentados pelos veículos parados – máquinas pesadas, utilitários e automóveis. Este custo será comparado com o valor de mercado de modelos semelhantes e usado como critério para decidir quais veículos serão leiloados. O certame não tem data marcada, mas, segundo o gerente, "está para acontecer".

A frota total da Prefeitura é de 672 veículos. A manutenção de 80% foi terceirizada no final de 2006 e é feita pela empresa Araguaia Turbo Diesel. O teto máximo do contrato de 12 meses é de R$ 1,3 milhão - este ano, foram executados R$ 600 mil do contrato.

A oficina mecânica da Prefeitura, segundo Figueiredo, tem pessoal capacitado para realizar os reparos dos 20% de veículos restantes, mas certos serviços não são feitos por falta de peças. Alguns materiais são caros e a terceirização é apontada como uma solução menos onerosa. "Pagamos o preço da locação, mas não pagamos combustível, não temos despesa com funcionário e, se quebrar a máquina, não é problema nosso. Se eu pagar os R$ 40 mil do conserto da máquina, ela pode quebrar de novo e eu fico sem", disse Figueiredo.

De acordo com o secretario de Agricultura, a terceirização é vantajosa à medida que agrega agilidade ao trabalho. "Outro dia, por exemplo, queimou a bateria de uma máquina, na zona rural, já era perto das 18 horas. A empresa trocou a bateria no mesmo dia", disse. "Se fosse a máquina da Prefeitura, ia ter que licitar a bateria", disse Ladeia.

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