O município de Marcelândia, em Mato Grosso, a 710 km ao norte de Cuiabá, declarou situação de emergência neste sábado (14) após o incêndio que destruiu cerca de cem casas e ao menos 17 serrarias na cidade. Outras 12 foram parcialmente destruídas. O fogo começou na quarta-feira, em um lixão onde são depositados resíduos de madeira e se alastrou nas áreas rurais até chegar à cidade. De acordo com a prefeitura, pelo menos 80% da área industrial, composta principalmente por serrarias e marcenarias, base da economia do município, foi atingida.

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A Defesa Civil de Mato Grosso informou que a declaração de situação de emergência no município será publicada nesta segunda-feira (16) no Diário Oficial do Estado. Essa é a primeira fase do processo. Depois, o documento é encaminhado para Secretaria Nacional de Defesa Civil e, numa segunda fase, deve ocorrer o reconhecimento por parte do Governo Federal com uma portaria assinada pelo Ministério da Integração Nacional. Ao decretar situação de emergência, a prefeitura poderá receber recursos federais para reconstruir casas e empresas.

De com o coordenador de Resposta a Desastres e Reconstrução da Defesa Civil de Mato Grosso, major Elton Guilherme Crisóstomo, ainda estão sendo avaliados os prejuízos sociais, materiais, ambientais e econômicos do desastre. Segundo ele, os focos de fogo já foram debelados, mas ainda resta muito pó de serra na área industrial do município, que depois de queimado solta fumaça por algum tempo. Centenas de pessoas foram atendidas nos postos de saúde locais por causa de problemas respiratórios. As equipes da Defesa Civil e dos Bombeiros enviadas pelo governo do Estado devem continuar em Marcelândia por pelo menos mais quatro dias. As casas destruídas no incêndio são de empregados das serrarias e marcenarias. As empresas perderam máquinas, veículos e estoques de madeira, que foram consumidos pelo fogo. Não há registro de feridos.

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Com 24 anos de fundação e 16 mil habitantes, Marcelândia teve índice de 80% de redução nos focos de incêndios em 2009, o que lhe rendeu o Prêmio Chico Mendes, instituído do Ministério do Meio Ambiente.