A Marcha da Liberdade, manifestação inspirada no ato que ocorreu em São Paulo no último dia 28, após a proibição da Marcha da Maconha, está marcada para acontecer hoje em 41 cidades, de 24 estados. Curitiba é uma delas. Os manifestantes vão se reunir na Praça Rui Barbosa, a partir das 11 horas, e caminhar até o Centro Cívico. Cerca de 1,8 mil pessoas confirmaram presença no ato pela rede social Facebook. A comissão organizadora, que tem a adesão de 45 entidades, espera a participação de 2,5 mil pessoas.

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A Marcha da Liberdade é um movimento apartidário, que defende princípios constitucionais de liberdade de expressão e direito à livre manifestação. A manifestação ocorre depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir por unanimidade, na quarta-feira, pela constitucionalidade da Marcha da Maconha e de outras manifestações populares, desde que pacíficas.

Em São Paulo, a marcha ocorrerá na Avenida Paulista e deve reunir 5 mil pessoas e representantes de cerca de 100 movimentos e organizações sociais. Dentre elas a Associação Docente da UFRJ, a Associação Brasileira de Gays Lésbicas e Transexuais, a Marcha Mundial de Mulheres, a Bicicletada de São Paulo, a Frente de Luta por Moradia, o Comitê Contra o Genocídio da População Negra, e vários centros acadêmicos e coletivos com interesses diversos.

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"A manifestação foi construída a partir da repressão no dia 21 de maio, mas cresceu, se ampliou para diversos movimentos, com diversas pautas diferentes, que se sentem de alguma forma tolhidos na sua liberdade de expressão", disse a advogada Juliana Machado, 27 anos, integrante da Marcha da Maconha, que também participa da manifestação.

"A manifestação é pacífica e política. Durante quatro anos, a Marcha da Maconha foi censurada. Agora vamos comemorar. E cada movimento vai poder levantar a sua bandeira", afirmou o cientista político Marco Magri, um dos organizadores da marcha em São Paulo.

A autorização do Supremo não será o único motivo da marcha de hoje. Protestos contra o uso indiscriminado de armas não letais, pela liberdade de expressão, pelos direitos de gays, lésbicas e simpatizantes, entre outras causas, farão parte do ato.