Aconteceu nessa sexta-feira (5), entre 11 e 13 horas, a Campanha do Laço Branco, mobilização mundial de homens unidos pelo fim da violência contra as mulheres. O ato começou na Praça Santos Andrade, de onde um grupo caminhou rumo à Boca Maldita, no Centro de Curitiba. Ao longo do trajeto, os participantes distribuíram laços brancos para os homens que passavam pela rua, enquanto um anúncio de áudio, com falas de personalidades, era divulgado. Ao fim da passeata, alguns participantes discursaram, chamando a atenção para a importância de debater a violência contra a mulher.
O ato é parte dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres, campanha internacional que tem por objetivo sensibilizar e conscientizar os homens sobre o tema. Silvaney Bernardi, técnico de petróleo e dirigente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Refinação e Destilação de Petróleo (Sindipetro), participou pela primeira vez da campanha. Ele acredita que a mobilização e o envolvimento dos homens na questão da violência contra a mulher tem crescido, embora reconheça que ainda há "muito chão pela frente".
"É preciso chamar os homens para a discussão. Na minha categoria profissional, o número de mulheres é reduzido, há uma dificuldade maior de ascensão na carreira, muitas unidades não tinham sequer banheiro feminino até alguns anos atrás. Trata-se de uma luta recente, com conquistas recentes, que não pode parar. Quando você se envolve, percebe que os homens ainda não estão muito atentos aos problemas que atingem as mulheres, pois vivemos em uma sociedade na qual a mulher é inferiorizada", disse.
Além do Sindipetro, participaram também representantes do Coletivo de Mulheres da Central Única dos Trabalhadores (CUT-PR), Sindicato dos Bancários de Curitiba, Marcha Mundial de Mulheres, Fórum Popular de Mulheres, Secretaria de Mulheres do PT e da União Brasileira de Mulheres.
Homenagem
A Campanha do Laço Branco homenageia as vítimas de um massacre misógino ocorrido no Canadá em 6 de dezembro de 1989. Na ocasião, Marc Lépine invadiu armado uma turma de engenharia mecânica, obrigou os homens a se retirarem e atirou contra as mulheres 14 estudantes morreram e 13 ficaram feridas. Lépine justificou o crime afirmando que as mulheres estavam ocupando o lugar dos homens na sociedade.
No Brasil, a campanha ganhou um dia oficial com a Lei 11.489/2007, promulgada pelo Presidente Lula, que instituiu o dia 6 de dezembro com o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres.
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