A Marcha Roraima, composta por produtores rurais do Mato Grosso distribuídos em 30 caminhonetes, conseguiu furar um bloqueio, formado por índios, missionários e trabalhadores sem terra, e chegou, por volta das 21 horas de quinta-feira (15) a Boa Vista.
Juntamente com produtores rurais da Bahia, que também vieram à capital, a marcha presta apoio aos produtores de arroz da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, e também protesta contra a intervenção de Organizações Não Governamentais (ONGs) estrangeiras, que atuam na região.
O bloqueio, que tentou impedir a chegada da marcha capital de Roraima, ficou na BR-174, a 54 quilômetros de Boa Vista, na altura do município de Mucajaí. Indígenas, missionários e trabalhadores rurais sem terra tentaram impedir a passagem da caravana, queimando pneus, árvores e lixo, mas os produtores rurais conseguiram desviar do bloqueio, retornando alguns quilômetros e passando por dentro de uma fazenda.
Nesta sexta-feira (15) pela manhã, os integrantes da marcha estavam reunidos no centro da cidade e devem seguir para o município de Pacaraima, a 215 quilômetros de Boa Vista, munícipio que integra parte da reserva da Raposa Serra do Sol. Na região, estará esperando pela marcha o prefeito de Pacaraima, Paulo César Quartieiro, um dos principais produtores de arroz que ainda estão na terra indígena. No município, destino final da Marcha Roraima, as últimas manifestações vão ser feitas na praça da cidade.
A Polícia Rodoviária Federal informou que ia acompanhar o trajeto da marcha até Pacaraima, para garantir a segurança dos integrantes da marcha e evitar confrontos com opositores.