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Catanduvas

Marcinho VP pega 36 anos de prisão

O traficante carioca Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, retornou no início da noite de ontem à Penitenciária Federal de Catanduvas, no Oeste do estado, um dia depois de ser condenado a 36 anos de prisão em um julgamento realizado no Rio de Janeiro (RJ). Com a transferência de Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, para Campo Grande (MS), há 15 dias, Marcinho ganhou o status de o mais perigoso preso da unidade paranaense.

O detento desembarcou em Cascavel, por volta das 16h45, em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) sob um forte aparato de segurança das polícias Federal e Rodoviária Federal, e agentes penitenciários. Colocado em uma viatura, ele saiu em direção a Catanduvas protegido por um comboio policial.

O traficante, que estava preso em Catanduvas desde o início do ano, deixou a penitenciária escoltado por 12 policiais federais na última segunda-feira, um dia antes do julgamento no 1.° Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, presidido pelo juiz Fábio Uchoa de Miranda Pinto Montenegro. Durante a sessão, Marcinho disse ao juiz que não tinha profissão definida e era pai de seis filhos. Ele também falou que chegou a trabalhar vendendo balas no trem e alegou ser inocente.

Apontado como ex-chefe do tráfico no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, o preso é acusado de ter ordenado o esquartejamento dos rivais André Luís dos Santos Jorge, o Deguinha, e Rubem Ferreira Andrade, conhecido como Rubinho. Os crimes, ocorridos em 1996, foram cometidos com requintes de crueldade. As vítimas, que integravam uma facção rival a de Marcinho, tiveram cabeças e partes do corpo esquartejadas. Os corpos foram encontrados dentro de um bueiro. Para cada um dos crimes o traficante foi condenado a 18 anos de prisão, totalizando a pena de 36 anos em regime fechado.

Este foi o segundo julgamento do caso. No dia 31 de julho de 1999, Marcinho chegou a ser condenado a 36 anos por ter cometido os dois crimes, mas a defesa recorreu à sentença alegando inversão de quesitos e o julgamento foi anulado pelo Superior Tribunal de Justiça.

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