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São Paulo – Apontado pelo Ministério Público como o chefe da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Camacho, 38 anos, se casou ontem, no Centro de Reabilitação Penitenciária, em Presidente Bernardes – a 589 quilômetros de São Paulo, considerada a mais segura do país.

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), o casamento ocorreu às 11 horas, no Parlatório da unidade. Uma viatura da Polícia Civil trouxe ao presídio o juiz de paz Giovanni Barreto, e a escrivã Simone Munhoz, além da noiva, Cynthia Giglioli da Silva, 30 anos, e duas outras mulheres, provavelmente da família. Os dois namoravam há sete anos.

No parlatório, o preso que está sob o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), que é o caso de Marcola, permanece separado das pessoas com quem conversa por um vidro.

Em 2005, Cynthia – que é estudante de Direito – foi presa suspeita de receber uma mesada de R$ 15 mil do caixa da facção. No total, ela teria recebido R$ 90 mil.

Investigações

Na época, a noiva foi acusada com base em investigações da Polícia Civil paulista sobre o suposto tesoureiro da facção, Deivid Surur, o DVD. Para o advogado dela, Vitor Fachinetti, Cynthia nunca recebeu dinheiro de "grupo nenhum". Este é o segundo casamento de Marcola. Em 1990, ele se casou com a advogada Ana Maria Olivatto na Penitenciária de Araraquara – a 275 km de São Paulo. Ana foi assassinada em outubro de 2002.

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