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O patrulhamento diário do Complexo da Maré, com 300 militares, começou a ser feito ontem, um dia após a ocupação das 16 comunidades pelas forças de segurança.

Antes da ocupação, o controle do território das 16 favelas da Maré era dividido entre traficantes do Comando Vermelho e do Terceiro Comando Puro, e milicianos. A reportagem circulou ontem por áreas onde as três facções atuavam, e encontrou PMs apenas nas comunidades do tráfico. Nenhum policial foi visto circulando pelas favelas Praia de Ramos e Parque Roquette Pinto, dominadas por milicianos. "O patrulhamento é mais reduzido nas áreas de milícia porque não faz parte do modo de atuação desses grupos resistir à ocupação policial. De qualquer forma continuamos à procura de foragidos ligados ao tráfico e à milícia", explicou o tenente-coronel Paulo Henrique de Moraes, chefe do Estado Maior Operacional da PM.

Segundo o oficial, para o policiamento ostensivo serão deslocados para o complexo homens do Batalhão de Policiamento de Grandes Eventos (BPGE), recentemente criado para atuar nas manifestações de rua. Enquanto isso, agentes dos batalhões de Operações Especiais (Bope) e de Choque continuarão a vasculhar becos e vielas a procura de traficantes, armas e drogas.

O esquema será mantido até a entrada das tropas do Exército na região, previsto para ocorrer no próximo fim de semana.

Serviços

Ainda ontem, a prefeitura do Rio prometeu construir duas novas clínicas da família na região e ampliar o horário de atendimento dos três postos já existentes, além de investir R$ 325 milhões em reformas e instalação de novas unidades escolares na Maré. O anúncio atende um pedido da população, que não resiste à ocupação, desde que ela vem acompanhada de serviços públicos.

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