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Brasília – O recém-empossado ministro de Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, que assumiu ontem, foi incumbido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de abrir negociações com a oposição no Congresso para aprovar o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê investimento total de R$ 503,9 bilhões nos próximos quatro anos.

"A oposição não quer enterrar o PAC. Quer discutir o PAC", disse Mares Guia. "Criticar é o papel da oposição. Temos de respeitar esse papel", completou. A tarefa, porém, deve ser espinhosa. Governo e oposição duelaram na Câmara nesta semana pela criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo. A bancada de apoio ao presidente conseguiu arquivar a CPI, sob a alegação de que ela não tinha objeto determinado de investigação.

A batalha na Câmara resultou na obstrução, pela oposição, da votação de projetos importantes para o governo, como as medidas provisórias do PAC.

Marta

Juntamente com Mares Guia, também tomou posse ontem a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT), que assumiu a vaga que era ocupada pelo colega no Ministério do Turismo.

Ela prometeu combater o turismo sexual e incrementar a qualificação de profissionais do setor. "Vou combater com todas as minhas forças o turismo sexual. Esse tipo de turista nós não queremos aqui", disse a ministra, durante cerimônia de transmissão do cargo.

Cotada para assumir o Ministério das Cidades ou da Educação, a nova ministra do Turismo demonstrou em seu discurso que não irá se afastar de projetos sociais.

Além de eleger a qualificação de profissionais como uma de suas prioridades, ela destacou que pretende fazer parcerias com as áreas de Educação e Desenvolvimento Social.

Marta também destacou que o setor precisa aproveitar esse momento em que a renda dos trabalhadores está crescendo para "inserir o turismo e o lazer na cesta de consumo" dessas famílias.

Corpo e alma

Marta elogiou a atuação de Mares Guia, que teria contribuído para que o setor crescesse acima da média mundial, apesar da crise aérea e da valorização do real frente ao dólar.

A ministra ainda fez questão de ressaltar que vai se "dedicar ao ministério de corpo e alma".

A declaração teria por objetivo atenuar os críticos que dizem que ela assumiu a pasta apenas para alçar vôos maiores, como disputar a prefeitura de São Paulo em 2008.

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