A Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público Estadual contra Milton Severiano Vieira, o Miltinho da Van, de 32 anos, por homicídio triplamente qualificado (por motivo fútil, por meio cruel e de emboscada), combinado com roubo. Ele é acusado de matar a companheira, a dançarina de funk Cícera Alves de Sena, cujo nome artístico era Amanda Bueno, de 29 anos.
O homicídio ocorreu na residência do casal, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na tarde de 16 de abril. Segundo o Ministério Público, Miltinho teria batido a cabeça da vítima contra o chão diversas vezes, golpeando-a com uma pistola e, depois, disparado vários tiros contra a funkeira. Ela teria sido morta em razão de uma discussão ocorrida momentos antes, ao descobrir que o parceiro tinha um relacionamento extraconjugal.
Ainda de acordo com a Promotoria, após matar a esposa, Miltinho teria recolhido as armas e munições que armazenava ilegalmente em casa. Ao tentar fugir da cena do crime, roubou um carro e se envolveu em um acidente, sendo preso em seguida.
Na decisão, o juiz Alexandre Guimarães Gavião Pinto, da 4.ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, manteve a prisão de Miltinho. De acordo com o magistrado, o réu teria agido com perversão, cupidez, malvadez e insensibilidade moral, e ainda tentou apagar vestígios do crime ao recolher, antes da fuga, todas as armas de fogo que tinha em casa.
“A prisão preventiva regularmente imposta almeja rechaçar qualquer perturbação ou intimidação de testemunhas, bem como assegurar a aplicação da lei penal, afastando-se o risco efetivo de nova evasão por parte do acusado, que, frise-se, foi preso em flagrante, após se envolver em um violento acidente, quando se encontrava em fuga, oportunidade em que, com o mesmo, foram apreendidos, além de um veículo subtraído, várias armas de fogo, incluindo uma espingarda calibre 12 e farta munição de diversos calibres, além de um colete à prova de balas”, escreveu o magistrado.