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Cícero Lourenço Silva foi depor sobre a morte da mulher e saiu preso da Delegacia de Homicídio porque é condenado a sete anos de detenção devido a morte de uma pessoa durante um tiroteio em uma casa noturna ocorrido em 1994 | Heliberton Cesca / Gazeta do Povo
Cícero Lourenço Silva foi depor sobre a morte da mulher e saiu preso da Delegacia de Homicídio porque é condenado a sete anos de detenção devido a morte de uma pessoa durante um tiroteio em uma casa noturna ocorrido em 1994| Foto: Heliberton Cesca / Gazeta do Povo

O funcionário de uma loja de refrigeração, Cícero Lourenço Silva (41 anos), entrou na Delegacia de Homicídios (DH) na manhã desta segunda-feira (14) para prestar depoimento sobre a morte da esposa, Natalina de Lima (32 anos). Ela morreu na noite de quinta-feira (10) devido a um grave ferimento na cabeça após ter sido espancada e já ter procurado ajuda médica por duas vezes no Hospital do Trabalhador (HT).

Porém, ele saiu de lá durante à tarde algemado para ser levado ao Centro de Triagem II, em Piraquara, porque é condenado a sete anos de prisão pela morte de uma pessoa durante um tiroteio em uma casa noturna ocorrido em 1994."Nunca imaginei isso", disse Silva chorando. Ele lamentava-se porque o filho dele de 12 anos ficaria desamparado com a prisão dele e a morte de Natalina. O homem contou que estava em uma danceteria no bairro Portão, em Curitiba, quando teria havido um tiroteio. Mas, alega ser inocente da morte de uma pessoa durante a confusão. "Um grupo veio e atirou contra a gente. Mas eu nem armado estava. Não sabia que estava envolvido."

O delegado titular da DH, Rubens Recalcatti, contou que a Polícia Civil não tinha informação de que o homem era procurado pela Justiça até ele chegar na delegacia. Durante o depoimento, foi confirmado que Cícero tinha o mandado de prisão. "Agora ele está pagando pelo que fez no passado. Que isso sirva de exemplo para os jovens que ficam em baladas bebendo e fazendo confusão."

Morte de Natalina

Natalina de Lima morreu na noite de quinta-feira (10) depois de ter sido espancada na cabeça com o uso de pedras por um homem. O caso aconteceu na sexta-feira (4), na Vila Alto Barigüi, na Cidade Industrial de Curitiba. Até a semana seguinte, a mulher foi em busca de socorro duas vezes no Hospital do Trabalhador (HT) e acabou sendo liberada. Segundo a família, ela era alcoólatra e usuária de crack.

Somente na segunda-feira (7), Natalina foi internada na Unidade de Terapia Intensiva, onde ficou até quinta, quando morreu por causa de fraturas no crânio que evoluíram para uma infecção grave, segundo relatório na Delegacia de Homicídios. Nesta segunda (14), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa)negou, por meio de nota oficial, que tenha havido negligência médica no atendimento a mulher.

A DH já identificou o autor do crime, um traficante que tem condenação por homicídio. O nome dele não foi divulgado.

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