Uma mulher de 39 anos foi encontrada morta com vários hematomas no corpo, na tarde desta sexta-feira (16), no bairro Vista Alegre, em Curitiba. As suspeitas da polícia recaem sobre o marido, que confessou tê-la agredido outras vezes, mas nega que a matou. Vizinhos dizem que gritos foram ouvidos na noite do dia anterior (15).
A polícia foi chamada por volta das 16h para analisar a morte de Maria Dirce Aparecida Sperando, que morreu na própria casa, sobre um sofá. O marido, Paulo Cordeiro de Motta, 32 anos, apresentava sinais de embriaguez no momento em que a polícia chegou ao local.
"Os vizinhos relataram ter ouvidos gritos na noite anterior", disse o tenente da Polícia Militar Gildo Cezar dos Santos Lima. O Instituto de Criminalística constatou lesões no rosto, costas, braço direito e pescoço.
Motta confirma já ter agredido a mulher, mas não na noite anterior. "Às vezes a gente se estranhava, mas ontem [quinta-feira] nem toquei nela", conta Motta. Ele afirma que almoçou com a esposa, quando ela teve um mal súbito. A versão entra em conflito com a análise da perícia, que concluiu que Maria morreu por volta das 9 horas.
Segundo os vizinhos do casal, a dupla tem um histórico de bebedeiras e agressões mútuas. Certa vez, Motta chegou a quebrar a perna da mulher. Maria nunca formalizou queixa na polícia.
Órfãos
Maria tinha dois filhos, uma menina de 9 anos e um garoto de 7. O pai das crianças, Adriano Borges de Oliveira, morreu aos 31 anos, no dia 18 de março de 2006. Segundo moradores da região, Oliveira era usuário de drogas e foi executado em razão de uma dívida. Ninguém foi preso.
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