Maringá - Os vereadores de Maringá aprovaram, em primeira discussão, a proibição do uso do cachimbo do tipo narguilé em bares, lanchonetes, restaurantes, casas noturnas e similares estabelecidos na cidade. A votação ocorreu durante a sessão de ontem. O projeto de lei, que recebeu 12 votos favoráveis, é de autoria dos vereadores Dr. Sabóia (PMN) e Flávio Vicente (PSDB). Maringá já tem uma lei que proíbe o uso de cigarro e derivados em locais fechados desde 2006.
O descumprimento da norma, por parte do proprietário do estabelecimento, acarreta multa de R$ 500. Em caso de reincidência, a punição sobre para R$ 1 mil. Uma eventual terceira infração resulta na suspensão do alvará de funcionamento do local por 15 dias e, por fim, na cassação definitiva da autorização. O projeto deve seguir para segunda votação.
De acordo com os vereadores, apesar de a lei municipal proibir o uso de cigarros e derivados, alguns comerciantes e usuários driblam a norma, pois o fumo usado nos cachimbos pode ser mesclado com vários tipos de produtos. A proibição do uso em qualquer ambiente comercial, segundo os parlamentares, está diretamente relacionada à saúde dos consumidores.
"Há um trabalho de uma doutora em pneumologia da USP [Universidade de São Paulo] que prova que o narguilé é mais nocivo que o cigarro comum. O carvão aceso tem uma temperatura muito alta e causa lesão no pulmão", diz Sabóia. Segundo o pneumologista Paulo Kussek, do Hospital Pequeno Príncipe, em entrevista à Gazeta do Povo no início do ano, uma hora puxando fumaça ao estilo árabe equivale a fumar cinco maços de cigarro. O vereador acrescenta ainda que a proibição visa coibir o estímulo do uso do cachimbo entre os jovens. "Se alguém quiser fazer [uso do narguilé], que o faça em casa, e não em local público", afirma.