Principal fungo encontrado nas fezes das aves está relacionado a doenças respiratórias
- RPC TV
A secretaria de serviços públicos da prefeitura de Maringá, no Noroeste do Estado, instalou no sábado (15), em três praças centrais da cidade, placas que orientam as pessoas a não alimentar os pombos que se aglomeram nos locais. A sinalização faz parte de uma campanha do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), da secretaria municipal da saúde, que pretende reduzir a proliferação da ave zona urbana do município.
A iniciativa, realizada em parceria com o Observatório Ambiental da Universidade Estadual de Maringá (UEM), começou há cerca de um mês, com a distribuição de folhetos para conscientizar a população. A preocupação, segundo o CCZ, é com as doenças que podem ser transmitidas pelos pombos aos seres humanos.
As placas foram instaladas nas praças Raposo Tavares, Napoleão Moreira da Silva e no Centro de Convivência Comunitário Renato Celidônio. De acordo com a prefeitura da cidade, a alimentação dos pombos por parte da população é o principal motivo para a permanência das aves nas praças e importante fator no aumento da natalidade dos pássaros.
A campanha alerta ainda sobre os riscos e cuidados com as fezes das aves. Contaminados por fungos, mesmo depois de secos, os dejetos apresentam risco de contaminação a pessoas e animais. No caso de alta concentração de fezes em um local, a recomendação dos especialistas é lavar a calçada, ao invés de varrer e provocar poeira, segundo a prefeitura.
Pesquisa
De acordo com o telejornal Bom Dia Paraná, da RPC TV, a preocupação do município surgiu a partir de uma pesquisa, iniciada em abril deste ano, no Centro Universitário de Maringá (Cesumar), que analisou as doenças que podem ser transmitidas pelos pombos.
As equipes coletaram as fezes no chão de dez locais onde existe aglomeração das aves, e analisaram o material. O principal fungo encontrado na pesquisa é do gênero Cryptococcus, que está associado a doenças respiratórias. "É um fungo que pode causar infecções respiratórias brandas em algumas pessoas, mas que também está relacionado a doenças mais graves", explicou Fernando Henrique Ribeiro, coordenador da pesquisa.
A pesquisa começou por causa da grande presença de pombos perto de hospitais e locais públicos por onde passam crianças e idosos. A empresária Daniela Sala, que caminha pelas ruas com o filho em um carrinho de bebê, sabe que tem que tomar cuidado. "Procuro ficar em lugares onde não haja muitas árvores, para não cair sujeira no carrinho", disse Daniela, ao Bom Dia Paraná.
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