Maringá Uma manifestação promovida por diversos setores da comunidade de Maringá, Sarandi e Paiçandu deve reunir mais de 3 mil pessoas na manhã de hoje. O ato contra a violência está marcado para as 10 horas, na Avenida Brasil (Maringá), na frente da loja Art & Linha, onde foi assassinado o empresário Rubens Orlandine, 41 anos, no sábado passado.
"Precisamos nos manifestar e não ficarmos calados diante desses absurdos", lamenta o arcebispo de Maringá, Dom Anuar Batisti. Ele demonstra preocupação com o envolvimento de jovens nos crimes. Na manhã de quarta-feira, a Polícia Civil apresentou suspeitos do assalto e assassinato do empresário. São seis pessoas, entre elas três menores de idade.
O evento acontecerá com discursos e cultos ecumênicos. As empresas das três cidades dispensarão os funcionários para o protesto e retomam o trabalho à tarde. Após a manifestação, haverá uma reunião na sede da Associação Comercial e Empresarial de Maringá com deputados, prefeitos e representantes de associações dos 29 municípios da Região Noroeste. O grupo vai assinar um manifesto contra a violência que será encaminhado ao governo estadual na próxima semana.
O pedido de "basta" contra a violência já recebeu diferentes iniciativas da sociedade maringaense e refletiu em Curitiba. O governo do estado anunciou investimentos e o deslocamento de uma força-tarefa com reforço policial para Sarandi nesta semana.
Balanço
Maringá já registrou 28 assassinatos em 2005, contra 22 em todo ano passado. A morte de Rubens Orlandine comoveu e preocupou a sociedade por ter acontecido no centro da cidade. O empresário recolhia dinheiro de suas lojas quando foi abordado por duas pessoas em uma motocicleta. Orlandine reagiu ao assalto, levou um tiro na barriga e faleceu no hospital. A família dele tem nove lojas na região de Maringá e emprega 170 funcionários em fábrica e lojas.