Onze pessoas foram presas em Paranaguá, no litoral do Paraná, na manhã desta quinta-feira (3), em uma operação contra o tráfico internacional de cocaína. A "Operação Deadline" da Polícia Federal (PF) ocorre também no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Paraíba. Ao todo, 21 pessoas foram detidas nos cinco estados. Quatro mandados de prisão ainda estão em aberto.
Três pessoas presas em Paranaguá são de origem boliviana. Vinte e sete mandados de busca e apreensão devem ser cumpridos nos cinco estados. Ao todo, 105 policiais federais participaram da ação.
Até as 11h30, cinco pessoas foram presas no Rio Grande do Sul, três em São Paulo, uma em Santa Catarina e uma na Paraíba. O homem preso no Nordeste é fugitivo do Paraná, de acordo com a PF.
As investigações tiveram início em novembro de 2011. Havia indícios de que a droga era despachada por meio de contêineres do Porto de Paranaguá.
A PF apreendeu 129 quilos de cocaína durante as investigações. Dessa quantidade, 21 quilos foram apreendidos no Porto de Rio Grande (RS) e cinco pessoas foram presas. Houve apreensões de cocaína também no Porto de Valência, na Espanha, e no Porto de Antuérpia, na Bélgica. Nessas localidades foram apreendidos 38 e 70 quilos da droga, respectivamente. Não houve prisões na Europa. Os 129 quilos de cocaína foram avaliados em R$ 10 milhões.
Esquema da quadrilha
A cocaína manipulada pela quadrilha era fabricada na Bolívia. A droga passava pelo Paraguai e era transportada para o interior de São Paulo. Do estado vizinho, a cocaína era levada para o Porto de Paranaguá.
Segundo a PF, a droga era exportada para a Europa e para a África em contêineres que saíam do porto paranaense. Funcionários de empresas marítimas do Porto de Paranaguá tinham envolvimento com a quadrilha. Eles monitoravam a chegada dos contêineres e o envio dos mesmos recheados com a droga para os dois continentes.
No Brasil, as duas ramificações principais da quadrilha funcionavam em Paranaguá e no interior de São Paulo.
A operação da PF teve sucesso porque contou com a participação das polícias da Espanha e da Bélgica. De acordo com o delegado da Polícia Federal Sérgio Luís Stinglin de Oliveira, que comandou a operação em Paranaguá, foi necessário permitir que um carregamento de cocaína saísse de Paranaguá já monitorado pela PF para que fosse possível descobrir qual era o destino dos contêineres. Apreensões de cocaína foram feitas nos portos de Antuérpia (Bélgica) e Valência (Espanha).
"O importante não foi apenas as prisões feitas, mas a descapitalização da quadrilha", afirmou o delegado Oliveira. A PF apreendeu 11 veículos, uma lancha e 69 mil dólares em dinheiro em Paranaguá.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Ataque de Israel em Beirute deixa ao menos 11 mortos; líder do Hezbollah era alvo