O relatório de horas extras pagas aos servidores da Câmara Municipal de Maringá (CMM), divulgado na segunda-feira (25), aponta que, entre 70 funcionários efetivos, 50 fizeram hora extra no mês passado. A quantidade de tempo trabalhado a mais por alguns empregados chamou a atenção e levou até à formação de uma comissão para verificar se houve irregularidade.

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No total, a Casa gastou R$ 29.702,71 com as horas adicionais em fevereiro deste ano com 71% dos funcionários efetivos - 162% a mais do que no mesmo período do ano passado, quando o gasto foi de R$ 11.328,26.

Em fevereiro deste ano, por exemplo, um vigia recebeu R$ 3.366,84 a mais por conta das mais de 195 horas extras que fez. Caso ele tenha trabalhado todos os 28 dias do mês, a média será de quase sete horas adicionais por dia.

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As zeladoras, juntas, somam pouco mais de 576 horas extras no mês passado, o que corresponde a um gasto de R$ 7.576,25 em adicionais nos salários.

Outro caso que chama a atenção é o de um operador de audiovisual, que trabalhou 65 horas e 30 minutos a mais do que a jornada de trabalho. Ele recebeu R$ 1.584,48 em horas extras.

O presidente da CMM, Ulisses Maia (PP), afirmou, na segunda-feira (25), que os pagamentos de horas extras foram suspensos e que, a partir deste mês, todos os adicionais deverão ter a autorização da Mesa Diretora.

Comissão começa a investigar pagamentos nesta terça-feira

Uma comissão foi formada na tarde de segunda-feira (25) para investigar supostas irregularidades nos pagamentos das horas extras. De acordo com o presidente do Legislativo, os trabalhos começam nesta terça-feira (26).

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A comissão é presidida pelo diretor legislativo da CMM, Aldi César Mertz, e também conta com o procurador jurídico, o controlador interno e os diretores administrativo e geral da Câmara. Além disso, Maia convidou o Observatório Social de Maringá para acompanhar as análises.