Abelhas invadem casas com a chegada do período de florada

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Com o início do período de florada das árvores aumenta também a população de abelhas na cidade de Maringá. Ao todo, a cidade tem aproximadamente 130 mil árvores e boa parte delas começaram a florir com a chegada da primavera. Atraídas pelas flores, as abelhas se multiplicam e os enxames também. Só no mês de setembro, a prefeitura recebeu 421 pedidos para retirada de colmeias das residências - o triplo de solicitações em comparação aos anos anteriores. Com o número excessivo de solicitações, pouco mais da metade (284 casos) foram atendidas, resultando em uma média superior a nove coletas por dia.

Segundo Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Semusp), desde 2005, o número de pedidos para retirada de enxames durante o mês de setembro não passava de 130, mas neste ano o número deu salto considerável. "A cidade fornece alimento em fartura e abrigo para as abelhas. Estamos preocupados, pois é época de florada das árvores como a sibipiruna e jacarandá mimoso. Com isso, o número de abelhas pode continuar aumentando", disse a zootecnista Cristiane Hirose.

Funcionários do setor de apicultura da Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Semusp) são os responsáveis pela retirada dos enxames. Segundo a zootecnista, os insetos procuram se instalar nos locais mais inusitados, como assoalhos e beirais de moradias, churrasqueiras, antenas de TV, armários, pneus velhos e até malas.

Cristiane explica que os locais com maior incidência de abelhas estão concentrados na região Norte da cidade. Jardim Alvorada e proximidades da Vila Morangueira são os locais que mais solicitam a retirada de enxames. "Neste ano estamos recebendo em média 20 pedidos por dia e conseguindo atender, no máximo, até 18 casos. Mais de 150 solicitações ainda estão na fila de espera", revela Hirose.

De acordo com a Semusp, escolas, creches e postos de saúde têm prioridade no atendimento. O pedido para retirada de enxames deve ser feito pelo telefone 156, da Ouvidoria Municipal.

Perigo

Na casa de Simone Caetano, as abelhas se alojaram na casinha do cachorro. "Meu marido retirou nosso animal de estimação de lá e fechou o casinha para que as abelhas não saíssem. Ligamos na prefeitura e o pessoal veio retirar a colmeia", conta.

Cristiane explicou que a família de Simone agiu corretamete e alertou para o risco da remoção dos enxames. "O morador não pode tentar retirar uma colmeia por conta própria. As abelhas são agressivas e pode causar incidentes. Recomendamos que a pessoa feche bem a casa, proteja animais domésticos, avise os vizinhos e peça por ajuda profissional", ressalva. "Vale lembrar que elas podem ser atraídas pela cor preta, perfume doce, luz e objetos brilhantes", orienta.

Os enxames coletados são enviados ao apiário municipal, que repassa a produção de mel a entidades assistenciais de Maringá. "A principal espécie é a abelha europa africanizada que produz bastante mel e também é muito agressiva", explica Cristiane.

Paranavaí

Em setembro, quatro agricultores pisaram em uma colmeia e sofreram um ataque de abelhas em Tamboara, a 23 km de Paranavaí, no Noroeste do estado. Um deles chegou a ficar internado por causa das picadas sofridas, mas se recuperou.