Morreu em Londrina, na segunda-feira (23), o rapaz acusado de estuprar e matar uma menina de 3 anos na cidade de Querência do Norte, cerca de 120 quilômetros de Paranavaí, Noroeste do estado. O crime ocorreu no início de novembro. Manoel Aparecido Tenório Miranda, de 19 anos, estava preso na carceragem da Delegacia de Polícia de Loanda, quando foi espancado e teve o corpo incendiado pelos demais presos. Ele foi levado para o Hospital Universitário de Londrina, onde se encontrava internado na Unidade de Queimados.
Segundo um funcionário da Polícia Civil de Loanda, Miranda teria enterrado o corpo da criança depois de tê-la estuprado e matado, o que gerou grande revolta na pequena cidade de Querência do Norte. O rapaz foi encaminhado para Paranavaí, mas teve que voltar e permanecer preso na Comarca de Loanda.
De acordo com o mesmo funcionário, a cadeia da cidade é pequena e não oferece condições de segurança individual para os detentos. "Esse tipo de crime é imperdoável na cadeia", disse ele.
O Instituto Médico Legal (IML) de Londrina confirmou a entrada do corpo do rapaz, e informou que o mesmo já foi liberado. O Hospital Universitário de Londrina (IML) disse que só vai se pronunciar por meio de sua assessoria de imprensa e que não poderia informar detalhes sobre o quadro clínico de Miranda durante sua estada no hospital.
Crime
Miranda foi preso na tarde do dia 10 de novembro por policiais militares na periferia de Querência do Norte. Na ocasião, o delegado de Paranavaí, Marcolino Aparecido da Costa, responsável pelas investigações, disse que a violência teria sido motivado por vingança, já que a mãe da criança se recusava a namorar o acusado.
Em entrevista à Agência Estadual de Notícias (AEN), o delegado contou como aconteceu o crime. A vítima havia sido vista pela última vez por volta das 21 horas do dia 9, um domingo, quando sua mãe a colocava no berço para dormir. Na manhã da segunda-feira, a menina não estava no berço e a janela do quarto estava aberta.
Ainda de acordo com Costa, Miranda teria confessado que matou a criança. "Como estava drogado, ele não se lembra com detalhes do que fez", disse o policial.
Enquanto o homem era ouvido, aproximadamente 200 pessoas começaram a se aglomerar do lado de fora da delegacia. Com receio que uma invasão acontecesse e o preso fosse linchado, o delegado resolveu transferi-lo para Paranavaí.