Acusados de homicídio vão passar o fim de ano na prisão

Depois de terem o pedido de revogação de prisão temporária negado pela 4ª Vara Criminal de Maringá, os acusados de assassinarem o ex-secretário de Fazenda de Maringá Luiz Antônio Paolicchi, Vagner Pio e Eder Costa, passarão o Natal e o Ano Novo na prisão. O pedido foi negado na sexta-feira (16) pelo juiz Givanildo Nogueira Constantinov. Os advogados dos acusados disseram não saber ainda os motivos pelos quais o juiz indeferiu o pedido, já que estão em viagem de trabalho.

Segundo o advogado José Luiz Ruzzon, Pio e Costa tinham esperança de sair da cadeia antes das festas de fim de ano, mas se conformaram com o resultado. Pio e Costa são acusados de envolvimento na morte do Paolicchi no final de outubro deste ano. Os dois foram presos em Paranavaí no final de novembro e, desde então, estão na delegacia de Polícia Civil de Maringá.

Os advogados de defesa prometem entrar, ainda nesta semana, com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). O resultado, porém, só sairá no ano que vem, já que a Justiça está em recesso. O pedido para liberar Pio e Costa é baseado no argumento de que os dois colaboraram com a Justiça. "Eles também nunca tentaram fugir, por isso, podem responder em liberdade", explica o advogado José Edervandes Vidal Chagas.

Outros argumentos utilizados pelos advogados é o de que os dois são réus primários e têm moradia fixa em Paranavaí. O advogado conta que Pio e Costa têm consciência de que a situação é grave, de que o crime é complexo e de que houve grande repercussão. Ele fala também que ambos estão se adaptando à situação na cadeia e que não tiveram problemas com outros detentos até esta segunda-feira (19).

Acusados confessaram participação no crime

Pio é é acusado de ser o mandante do crime e Costa, o responsável pelos disparos. Ambos confessaram a participação. Vanessa Pio, mulher de Costa e irmã de Pio, e Arthur Paulino, que teria escondido a arma, foram presos também no final de novembro e foram liberados na mesma semana, a pedido do delegado Nagib Nassif Palma, pois também teriam contribuído com as investigações.