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caso fabíula

Acusados de participar de racha que matou adolescente serão julgados nesta terça

Os dois acusados pelo atropelamento que matou a garota Fabíula Regina Coalio, de 12 anos, há seis anos, em Maringá, serão julgados nesta terça-feira (4). Os acusados são Marcos Jesus da Silva, 31 anos, e Luiz Cavicchioli Forini, 24 anos. O atropelamento aconteceu em 2003 porque, segundo a acusação, os dois participavam de um racha. O caso gerou comoção na cidade.

O julgamento será presidido pelo juiz de Direito Cláudio Camargo dos Santos, titular da 1.ª Vara Criminal de Maringá, no Fórum de Maringá. O processo tem 900 páginas e segundo o promotor de Justiça, Edson Aparecido Cemensati, que atua na acusação, é prenuncio de um julgamento longo, que "deve entrar pela madrugada".

De acordo com Cemensati, Fabíula estava na Avenida Colombo, a cerca de 400 metros acima do cruzamento com a Avenida Paraná, quando foi atropelada pelo carro de Silva. Forini estaria dirigindo um Ômega turbinado. Cemensati afirma que um laudo pericial apontou que ambos estavam a uma velocidade de 130 km por hora no momento do acidente. O choque aconteceu às 19h30 de uma quarta-feira, 13 de agosto.

Fabíula estava no meio-fio, prestes a iniciar a travessia da avenida, já que sua mãe tinha uma lanchonete do lado outro da via. Segundo Cemensati, ela foi arremessada a uma altura de mais de cinco metros e caiu a 66 metros do local do atropelamento, tendo morte instantânea.

Os homens, ainda segundo a promotoria, haviam iniciado o racha no cruzamento entre a Avenida Colombo e a Rua Professor Lauro Werneck, o que significa que eles percorreram pelos 800 metros até o atropelamento.

Eles estão respondendo por homicídio por dolo eventual, por "assumir o risco do resultado morte", segundo o promotor, cuja pena varia entre 6 e 20 anos de reclusão.

Defesa

A reportagem entrou em contato na última segunda (3) com os advogados de defesa dos dois acusados. Laércio Nora Ribeiro (que representa Marcos Jesus da Silva) preferiu não comentar o caso. José Hermenegildo Baptista Raccanello (que representa Luiz Cavicchioli Forini) não foi encontrado no escritório onde trabalha.

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