Várias pessoas saquearam uma adega localizada na Rua Alziro Zarur, no Conjunto Residencial Ney Braga, em Maringá, por volta das 2 horas desta quarta-feira (14). Segundo a Polícia Civil, o crime aconteceu depois que o proprietário da loja desapareceu supostamente na manhã de terça (13), sem ter pagado mais de 30 fornecedores e funcionários, que registraram boletins de ocorrência na delegacia na tarde do mesmo dia. Além da adega, o empresário também era proprietário de uma loja de roupas.

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O delegado Nagib Nassif Palma informou que os saques provavelmente foram feitos por oportunistas e aparentemente não tem relação com os credores. As pessoas teriam arrombado o estabelecimento e levado bebidas alcoólicas somente.

Segundo o delegado Leandro Roque Munin, a polícia ficou sabendo do caso do suposto calote na terça-feira (13), quando fornecedores da loja de roupas deram queixas de cheques sem fundo emitidos pelo empresário. Os fornecedores ficaram alarmados quando perceberam que o estabelecimento amanheceu vazio e fechado. A polícia suspeita que o empresário pode ter utilizado o final de semana para esvaziar o estabelecimento.

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Depois dessas primeiras denúncias, foi a vez de fornecedores da adega comparecerem à delegacia. Eles também tinham cheques pré-datados do empresário. Sobre o valor, Munin disse que é difícil chegar a uma soma da possível dívida do empresário, já que algumas queixas não foram comprovadas por notas fiscais. Os valores de alguns cheques giram em torno de R$ 30 mil e R$ 60 mil.

Funcionários reclamaram que o empresário também parou de pagar o salário. A polícia contou que os empregados relataram que o proprietário já vinha esvaziando a adega havia alguns dias, utilizando o pretexto de que estaria abrindo uma nova filial. Ao contrário da loja de roupas, porém, a adega não chegou a ser fechada.

A adega e a loja de roupas foram abertas há cerca de três meses e o proprietário teria vindo de Curitiba, segundo relato dos funcionários. A Polícia investiga o caso e suspeita que até o nome do empresário era falso. Os investigadores consultaram o nome utilizado em bancos de dados de crédito e não foram encontradas reclamações anteriores.

"A polícia vai cuidar dos bens que restaram na adega para evitar mais saques e o caso agora vai passar a ser investigado pela delegacia especializada em estelionato", disse Munin.

O paradeiro do proprietário da adega e da loja de roupas continuava desconhecido até as 11h30 desta quarta (14).

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