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Paralisação

Adesão à greve dos bancários e Correios aumenta nesta segunda-feira

A adesão às greves dos bancários e dos funcionários dos Correios aumentou nesta segunda-feira (23) na região de Maringá, segundo os sindicatos das categorias. Na sexta-feira (20), cerca de 70% das agências bancárias haviam interrompido o atendimento na região. Nesta segunda-feira (23), o percentual subiu para 90%. Na greve dos Correios, além da adesão de mais carteiros e atendentes de Maringá, cerca de 30% dos funcionários de Sarandi e Campo Mourão cruzaram os braços.

De acordo com o Sindicato dos Bancários de Maringá e Região, 122 das 136 agências bancárias interromperam o atendimento na região, 63 em Maringá. "Só não conseguimos fechar as agências pequenas da região, como a de Lobato, onde existem apenas um ou dois funcionários", explicou o presidente sindicato, Claudecir de Souza. Cerca de 1,9 mil bancários atuam na região, 1.450 em Maringá. As cooperativas de crédito, como Sicoob e Sicredi, não integram a paralisação.

No caso dos Correios, a adesão chegava a quase 50% em Maringá na manhã desta segunda-feira (23). O acréscimo se deu na região. Funcionários de Sarandi e Campo Mourão, especialmente carteiros e atendentes, aderiram ao movimento. A estimativa do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná (Sintcom-PR) é de que 30% dos trabalhadores destas cidades paralisaram as atividades.

Reivindicação dos bancários

Entre as reivindicações dos bancários estão o aumento de 11,93% nos salários (5% de aumento real mais inflação projetada de 6,6%); maior participação sobre lucros e resultados; fim das metas abusivas - exigências de mínimo de venda de produtos do banco pelos funcionários; e fim do processo de terceirização nas agências.

Eles também buscam um piso salarial de R$ 2.860,21, valor calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) como o mínimo necessário para que o trabalhador possa pagar despesas básicas.

Segundo Claudecir de Souza, os bancários enviaram uma proposta à Federação Brasileira dos Bancos (Fenaban) na sexta-feira (20), mas, até a manhã desta segunda (23), a entidade não havia sinalizado qualquer opção de negociação. "Enquanto não houver acertos, a ordem é de que a greve permaneça por tempo indeterminado", afirmou.

Situação dos Correios

Cerca de 50% dos funcionários dos Correios de Maringá e 30% dos de Sarandi e Campo Mourão aderiram à paralisação, segundo a estimativa do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná (Sintcom-PR).

De acordo com o coordenador regional do Sintcom-PR, Fabiano Perina Celestino, a estimativa é de que pelo menos 90 funcionários estão com as atividades paralisadas em Maringá. "Cargos comissionados, de gerência e supervisão, não vão aderir ao movimento. As reivindicações são de um setor específico e pior remunerado", disse.

Todas as agências dos Correios em Maringá estão abertas, mas alguns serviços estão comprometidos . "Clientes que se sentirem prejudicados por conta da falta de entrega das correspondências podem procurar as agências para fazer a retirada", explicou o coordenador.

Os funcionários pedem um aumento de 35% nos salários como ganho real e de 7,7% de ganhos sobre a inflação. A empresa ofereceu reajuste próximo a 8% sobre o salário e de 6,27% sobre os benefícios, o que não foi aceito. Os grevistas de Maringá também querem mais segurança. A categoria alerta que é constantemente assaltada porque faz serviços para bancos. De acordo com o Sintcom, até o momento, a empresa não ofereceu nenhuma proposta e também não sinalizou possibilidades de negociação.

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