Já está em liberdade o adolescente torturado na carceragem da 9ª Subdivisão de Polícia Civil de Maringá, no Paraná, na quarta-feira (25). Ele foi entregue à família.
Segundo a promotora Mônica Louise Azevedo, da Promotoria da Infância e da Juventude, o adolescente foi apreendido após uma tentativa de assalto e encaminhado a um local destinado à internação provisória, onde já se encontravam outros seis adolescentes infratores.
Na cela, ele foi agredido pelos companheiros com chutes e socos, queimado com cigarro e teve o número 666 tatuado nas costas com um objeto pontiagudo.
O carcereiro Josué Batista Nunes, que estava de plantão no dia que as agressões ocorreram , disse à Agência Brasil que os agressores tamparam a boca do menor, impedindo-o de pedir socorro. "Quando percebemos que eles estavam muito silenciosos, fomos fazer uma revista na cela e encontramos o menor caído no chão", afirmou.
A promotora informou que vai investigar o que ocorreu e adotar as medidas cabíveis contra os agressores. "Nesse caso, será instaurada uma ação sócio-educativa. Os menores serão ouvidos e vamos apurar tudo o que realmente aconteceu. Os responsáveis pelo crime poderão ter suas penas agravadas por um período de mais três anos", disse.
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