Foi grande a procura pela vacina contra febre amarela durante esta quinta-feira (16), depois do anúncio do fechamento do Parque do Ingá por causa da morte de nove macacos. "Com base na lotação da sala de espera tivemos um aumento de uns 50% (na procura)", disse Edlene Loureiro Aceti Goes, enfermeira coordenadora de vacinação da 15.º Regional de Saúde, em Maringá. A maior concentração foi no período da manhã, mas os interessados podem se dirigir à regional até 18h.
Mais um sagüi que estava em observação com suspeita de estar com a doença morreu nesta quinta ). Desde o início de abril, nove primatas já morreram. O Parque foi interditado nesta quarta-feira (15) como medida preventiva de segurança.
"Quase 100% da população de Maringá já está vacinada, mas, como existe a visitação de muitos turistas e nós não conseguimos controlar se todos estão imunizados, resolvemos fechar o local até os exames serem concluídos", afirma a diretora de Vigilância em Saúde da prefeitura, Rosângela Treichel.
Na quarta-feira, a diretoria do Parque observou que mais um animal estava doente. "Os sagüis são geralmente muito agitados. Este estava apático, quase inerte. São alguns sintomas da doença", fala o gerente do Parque do Ingá, Mauro Nani.
Segundo o gerente, desde o início de abril sete sagüis e um macaco-prego morreram. "Fizemos a necropsia neles e constatamos que todos estavam com órgãos inchados e apresentavam hemorragia, que são alguns indícios da febre amarela. Mas ressaltamos que pode ser outra doença, não temos certeza sobre a causa das mortes", afirma Nani.
Amostras de sangue dos animais foram enviadas a laboratórios de São Paulo e do Pará, para que os exames confirmassem qual doença vitimou os macacos. O resultado deve ficar pronto na primeira semana de maio, e até esta data o parque deve permanecer fechado.
Segundo Nani, os animais dos outros bosques da cidade também estão sendo monitorados e, até o momento, nenhuma anormalidade foi constatada.
Febre Amarela
De acordo com a diretora de Vigilância, existem dois tipos de febre amarela: a urbana (que foi erradicada do Brasil) e a silvestre (que atinge os macacos). A febre amarela silvestre é transmitida pelos mosquitos Haemagogus ou Sabethes, presente nas matas, e pode chegar aos homens. "A preocupação é quando este mosquito, que atingiu o macaco, infecte também os humanos. Se isso acontecer, a febre amarela urbana pode voltar", explica.
A vacina contra a doença tem validade de 10 anos e não deve ser repetida dentro desse período. "É uma dose muito forte e pode causar complicações de saúde, levando até a morte", avisa Rosângela.
Quem não se vacinou nos últimos 10 anos pode procurar qualquer unidade básica de saúde da cidade. A dose contra febre amarela é gratuita.
Segundo Rosângela, as pessoas que caminham em volta do Parque do Ingá devem ficar tranquilas, pois não existe risco.
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