Há três anos, Setrans instalou painéis eletrônicos nas entradas e saídas da cidade
No final de 2010, a Secretaria de Trânsito e Segurança (Setrans) instalou painéis eletrônicos nas entradas e saídas de Maringá. À época, o então diretor de planejamento da secretaria, Gilberto Purpur, explicou que os aparelhos têm o objetivo de informar quais vias estão congestionadas, se há algum acidente ou evento logo adiante e até mesmo algumas leis de trânsito.
Há cerca de um mês, a Secretaria Municipal de Trânsito e Segurança (Setrans) instalou cinco aferidores de velocidade em três avenidas de Maringá: dois na Carlos Borges, dois na Mandacaru e outro na Gastão Vidigal. O custo de locação por aparelho é de R$ 600 por mês, com exceção do da Gastão Vidigal, que é para testes. A intenção é instalar mais 30 equipamentos, em data não determinada, o que aumentaria a conta em R$ 18 mil.
O objetivo, segundo o secretário da Setrans, Ademar Schiavone, é educar os motoristas, lembrando-os de respeitar os limites de velocidade em vias movimentadas o aferidor na Avenida Mandacaru, por exemplo, fica em frente ao Hospital Universitário (HU). Os aparelhos não registram infrações e, por isso, não geram multas: informam qual é a velocidade praticada pelo condutor que passa pelas três avenidas.
Juntamente dessa informação, os motoristas recebem mensagens dos aferidores. Aqueles que respeitam o limite de velocidade recebem "Parabéns"; para os que ultrapassam em até 20% a velocidade máxima, a mensagem é "Atenção"; acima de 20% do limite, é "Perigo".
O secretário defende que esta é uma medida de prevenção, que, em conjunto com outras lançadas pela Setrans nos últimos anos, como a de respeito à faixa de pedestres, ajudou a diminuir os números de acidentes e de mortes no trânsito local. "Essa [os aferidores de velocidade] é mais uma ação que agrega à política de prevenção adotada pela Secretaria."
O diretor administrativo da Setrans, Antonio Bernardi, salienta que os aferidores, além de educativos, são mais baratos do que os radares. Enquanto a locação de um aferidor de velocidade custa R$ 600 por mês, a aquisição de cada radar custa R$ 133,5 mil, segundo o Portal de Transparência do Município.
Especialista defende que medida só é valida se for associada à fiscalização
O especialista e ex-diretor de Trânsito de Maringá Luís Miura afirma que a medida educativa só é valida se for associada a outras de fiscalização, com a aplicação de multas aos infratores. Mesmo sem gerar penalidades, ele diz considerar que os aferidores têm a capacidade de inibir que os motoristas infrinjam o limite de velocidade.
O motivo para crer em resultados mesmo sem multas é que grande parte da população não quer ser exposta, de modo negativo, pelo aparelho. "A pessoa se sente inibida de ser apontada como alguém à margem da lei", opina Miura.
O contato de vendas Anderson Prado utiliza com regularidade a Avenida Mandacaru, onde foi instalado um dos aferidores. Para ele, a presença do aparelho reduz, de modo geral, a velocidade do tráfego. "Sei que não multa, mas já vi muita gente que não sabe diminuir a velocidade ao avistar o aparelho."
Interatividade
Para você, aparelhos que não multam, como os aferidores de velocidade, podem melhorar o trânsito em Maringá? Deixe sua opinião abaixo!
Deixe sua opinião