Os 34 médicos residentes do Hospital Universitário (HU) de Maringá voltaram ao trabalho ao meio-dia desta segunda-feira (23). Eles estavam de braços cruzados desde sexta-feira (20), em adesão ao movimento nacional da categoria que pede aumento de salário. Mesmo num curto espaço de tempo, a paralisação já trouxe problemas no atendimento do hospital. Segundo o diretor do HU, José Carlos Amador, 20% das cirurgias eletivas foram adiadas, bem como 40% das consultas.
De acordo com o representante do grupo, Dangelo Odair Viel, a manifestação foi válida, mas ainda não está descartada a possibilidade de greve geral por tempo indeterminado, como já ocorre em outras cidades.
Mesmo dificultando o atendimento, o diretor do HU se disse favorável à reivindicação. "Essa é a única maneira de conscientizar as esferas mais superiores. Eles (residentes) fizeram de maneira correta e se resolveram parar definitivamente, eles fizeram compromisso de nos avisar antecipadamente", disso Amador.
Ao todo, os médicos trabalham com 10 especialidades em Maringá: cirurgia geral, clínica, reumatologia, pediatria, ginecologia, anestesiologia, UTI pediátrica, psiquiatria, psicoterapia e medicina familiar e comunitária. Neste último caso, os dois médicos responsáveis não trabalham em hospitais, mas atuam em postos de saúde da rede pública.
A paralisação segue o movimento nacional, que começou efetivamente na terça-feira (17). A principal reivindicação da categoria é o aumento da bolsa-auxílio para R$ 2.658,11. "Esse valor é o mesmo dos outros programas de mestrado e doutorado da UEM, mas a nossa carga horária é maior, de 60 horas semanais. Sabemos, inclusive, que alguns médicos residentes ultrapassam essa jornada semanal em hospitais pelo país afora", explicou Viel.
A Federação Nacional dos Médicos (Fenam) reivindica, também, a definição de uma database no dia 1º de setembro, licença maternidade de 180 dias para as mulheres, além de gratificações pelos riscos e condições da profissão, como insalubridade, seguro-saúde e adicional noturno.
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