A Associação Indigenista (Assindi) de Maringá corre o risco de fechar as portas por falta de recursos financeiros. De acordo com a presidente Darcy Dias de Souza, a entidade sobrevive apenas com a verba repassada pelo governo municipal, que já não é suficiente. "Tirando o pagamento dos funcionários, sobram, apenas, R$ 2 mil para pagar as contas para cobrir todas as despesas, incluindo contas de água, luz e alimentação", afirma.

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A Assindi atende cerca de 100 artesãos indígenas por mês, além dos 22 estudantes indígenas da Universidade Estadual de Maringá (UEM) que moram em residências da entidade. "Dos artesão, que podem ficar, no máximo, 15 dias, cobrimos todos os gastos", conta. "Já dos estudantes, que têm bolsa do governo estadual, arcamos apenas com a conta de água." Na manhã desta quarta-feira (1º), havia 37 artesãos na associação, dos quais 19 eram crianças.

A falta de dinheiro é um problema comum desde que a Assindi foi fundada. No entanto, a situação se agravou nos últimos meses. Segundo a presidente, a entidade enfrenta dificuldades até para conseguir doações e voluntários, porque existe preconceito contra os índios. "A discriminação é muito grande", lamenta.

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"Os índios são vistos como preguiçosos, mas não é verdade." As únicas doações regulares são feitas pela Catedral Nossa Senhora da Glória, que destina cestas básicas para a entidade.

O problema faz até que um centro social da Assindi, construído com verba alemã, permaneça desativado, pela falta de dinheiro. O centro, batizado de Mitangue Nhiri, foi projetado com a intenção de proteger crianças enquanto os pais trabalham. "Os índios vêm com os filhos das aldeias para a cidade para venderem os seus trabalhos. Nos outros municípios, eles ficam nas rodoviárias. Em Maringá, eles têm um espaço de apoio."

A presidente acrescenta que contatos foram feitos com o objetivo de que mais verbas sejam destinadas à Assindi. No entanto, não há confirmação ainda e, por isso, corre o risco de fechar.

Para fazer doações, o telefone de contato é (44) 3224-7117.

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