Maringá já sediou jogos do Paraná contra os grandes de São Paulo
Em 2005, o Paraná usou estratégia semelhante a que está sendo analisada pelo Atlético. Enfrentou os quatro grandes de São Paulo em Maringá e o Internacional em Cascavel, sempre com sucesso de público. O aspecto técnico, entretanto, foi ruim.
Em Maringá, foram três derrotas: 3 a 2 para o Corinthians, 4 a 0 para o São Paulo e 3 a 1 para o Palmeiras. O único ponto conquistado foi contra o Santos, em um empate em 1 a 1. Já em Cascavel, venceu o Inter por 3 a 1.
Em 2006 voltou a pegar o Corinthians em Maringá, e perdeu por 2 a 1.
Após alguns anos, Maringá pode receber novamente jogos da Série A do Campeonato Brasileiro. A possibilidade foi divulgada no fim da tarde de terça-feira (29) pelo presidente do Atlético Paranaense, Mario Celso Petraglia. Em entrevista à televisão oficial do clube, ele revelou que o Rubro-Negro pretende jogar partidas com o mando de campo fora de Curitiba.
O dirigente declarou que já está em entendimento com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e citou diversas cidades como possíveis sedes da equipe. Petraglia deu a entender que pretende levar os jogos contra Corinthians, Santos e São Paulo para o Estádio Willie Davids, em Maringá. Já o Estádio Olímpico Regional, em Cascavel, poderia receber as partidas contra o Grêmio e o Internacional.
"O sacrifício haverá. Estamos pensando em jogarmos os grandes jogos fora. Por exemplo, com o Corinthians, jogar em Maringá, com os gaúchos, em Cascavel, com o Flamengo, em Brasília, e assim por diante", afirmou Petraglia, no encontro com o veículo oficial do clube, que durou mais de duas horas e contou com perguntas enviadas previamente pelos sócios.
A reportagem tentou contato com a secretária de Esportes de Maringá, Maria Iraclézia de Araújo, mas a informação é de que a pasta só vai se manifestar sobre os possíveis jogos no Willie Davids quando sair uma posição oficial do Atlético Paranaense.
Sem opções em Curitiba
Além de financeiramente interessante, a proposta de levar jogos para fora da capital paranaense é uma alternativa à falta de estádios para o Atlético jogar em Curitiba. Sem a Arena da Baixada, fechada para as obras da Copa do Mundo e com previsão de reabertura apenas em novembro, o Furacão tem mandado as próprias partidas para o Ecoestádio Janguito Malucelli.
No entanto, o regulamento da CBF exige estádios com capacidade mínima de 15 mil pessoas, cinco mil a mais do que a praça do J. Malucelli. Os atleticanos chegaram a negociar com Coritiba e Paraná para realizar seus jogos no Couto Pereira e na Vila Capanema, mas o acordo não ocorreu.
Nas palavras do mandatário atleticano, não seria problema a equipe atuar em tradicionais redutos do adversário, considerando que em Maringá há muitos torcedores de clubes paulistas, e em Cascavel, de gaúchos. O importante seria a renda proveniente dos estádios provavelmente lotados. "A renda lá, de 20 mil, 30 mil [pessoas] em Maringá é nossa. Estamos precisando de recursos, números de sócios, rendas que perdermos", explicou.
Além das duas cidades paranaenses e da capital federal, o presidente do Furacão cogitou o Rio de Janeiro e a possibilidade de atuar na região Nordeste. Nestes casos, em estádios reformados para a disputa da Copa do Mundo. "Por que não jogar no Maracanã, mando nosso?".
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