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O possível aumento no número de vereadores de Maringá pode elevar em até 40% os custos do legislativo municipal com salários de parlamentares e assessores. É o que indica levantamento preliminar feito pela presidência da Câmara.

Atualmente, com 15 vereadores, são gastos cerca de R$ 4,2 milhões por ano. Se o projeto que aumenta o número de cadeiras de 15 para 21 for aprovado, os gastos com os parlamentares subiriam para cerca de R$ 6 milhões anualmente.

Este é um dos motivos pelo qual o presidente do legislativo, Mário Hossokawa (PMDB), é contrário a alteração no número de cadeiras. "Aumenta em tudo[o custo]. Em consumo de luz, água, telefone, material de expediente, utilização de veículos, diárias. Nós que administramos a casa, temos convicção que vai aumentar", declarou em entrevista para a RPC TV Maringá.

O aumento nos gastos ainda ficaria dentro do atual orçamento do legislativo, que é de R$ 13,4 milhões. No entanto, o valor economizado durante o ano acabaria sendo bem menor. Ao longo de 2010, o legislativo maringaense não utilizou R$ 3,4 milhões de recursos do orçamento, que este ano serão repassados para a área da segurança pública. Já os R$ 3,5 milhões economizados em 2009 financiaram procedimentos médicos em toda a rede de saúde pública de Maringá.

Projeto segue em tramitação

O projeto que aumenta o número de vereadores em Maringá passou a tramitar dentro do legislativo municipal na última terça-feira (17). A proposta foi protocolada pelo vereador John Alves (PMDB) , que defende a inclusão de mais seis parlamentares, aumentando para 21 o número de cadeiras a partir da próxima eleição, dois a menos do que o limite máximo permitido por lei.

"Quanto maior o número de cadeiras no legislativo, maior é a possibilidade dos mais diversos segmentos da sociedade serem representados aqui", afirmou. Além de Alves, outros oito vereadores assinaram o projeto, sendo que cinco rubricas era o exigido para que o projeto fosse protocolado.

Se manifestaram favoráveis a discussão da proposta: Aparecido Regini "Zebrão" (PP), Dr. Sabóia (PMN), Luiz do Postinho (PRP), Manoel Sobrinho (PCdoB), Mário Verri (PT), Marly Martin (DEM), e Paulo Soni (PSB) e Wellington Andrade (PRP).

Para que o projeto seja aprovado é necessário pelo menos dez votos. Entre os que não assinaram o projeto estão Mário Hossokawa (PMDB), Belino Bravin (PP), Flávio Vicente (PSDB), Heine Macieira (PP), Humberto Henrique (PT) e Márcia Socreppa (PSDB).

A mobilização vem justamente no momento em que o Ministério Público e o Tribunal de Contas recomendam à câmara maringaense que seja feito um corte nos cargos de confiança, já que o numero de comissionados é maior que o de funcionários efetivos.

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