A assembleia do Sindicato dos Bancários de Maringá e Região decidiu pela paralisação geral por tempo indeterminado, a começar na manhã desta quarta-feira (29), na maioria das agências da cidade. Apenas as seis agências do Banco do Brasil devem estar abertas para atendimento, já que os funcionários do BB foram os únicos a não aderir ao movimento.
Os bancários dos demais bancos, privados e Caixa Econômica Federal (CEF), foram favoráveis ao movimento e prometem cruzar os braços, sem prazo para retorno ao trabalho. A expectativa do sindicato é conseguir que 50 agências (das 56 existentes) amanheçam fechadas.
As informações são do presidente do sindicato em Maringá, Claudecir de Souza. Segundo ele, aproximadamente 400 bancários votaram na assembleia da categoria, realizada na noite desta terça-feira (28). Os funcionários das diferentes empresas bancárias votam separadamente, e, apenas os vinculados ao Banco do Brasil decidiram pela manutenção dos trabalhos, pelo placar de 54 a 49.
Só caixas eletrônicos
Conforme expectativa do sindicato, apenas os caixas eletrônicos vão funcionar. "Num primeiro momento, a prioridade é o trabalho de convencimento dos bancários de Maringá. Depois vamos para as demais cidades. Estaremos em frente às agencias já às 6 horas da manhã e vamos conversar com os funcionários e população", disse. "No primeiro dia, a adesão é menor, mas vai aumentando", explicou.
No ano passado, a Caixa Econômica ficou em greve por quase um mês. Os banco privados também fizeram paralisação, que durou 15 dias.
Reivindicações
Segundo o sindicato, a classe patronal apresentou proposta de reposição salarial de 4,29%, que corrige apenas a inflação do período, e não dá ganho real. A categoria reivindica 11%. Em toda a região de abrangência do sindicato existem 21 municípios, 80 bancos e 1,5 mil funcionários.
Em nota publicada no site, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) alega que 4,29% é o patamar inicial, e que, a partir desse índice mínimo, poderão ser negociados valores que permitam aumento real aos funcionários. "A Fenaban ressalta que os reajustes que forem pactuados neste ano serão aplicados sobre uma convenção coletiva considerada a melhor do País, que assegura aos bancários uma série de ganhos em termos de remuneração", diz a nota.
A Fenaban é o braço sindical patronal da Federação Brasileira do Bancos (Febraban).