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Paralímpiada

Brasil espera por momento superpotência na Paralímpiada

Superação e talento: Claudiomiro Segatto e Maria Luiza Passos são representantes do estado no tênis de mesa nos Jogos Paralímpicos de Londres | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
Superação e talento: Claudiomiro Segatto e Maria Luiza Passos são representantes do estado no tênis de mesa nos Jogos Paralímpicos de Londres (Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo)

A partir deste domingo (1.º) abre-se a con­­tagem regressiva para os Jogos Paralímpicos – destinados a atletas com necessidades especiais. Faltam exatamente 150 dias para a abertura do evento em Londres, programada para o dia 29 de agosto, momento raro de superpotência para o espor­te nacional. E, por tabela, estadual.

Há 16 anos, em Atlanta, a delegação conquistou apenas dois ouros e ficou em 37.º lugar no quadro de medalhas. Na última edição, em Pequim-2008, fo­­ram 16 ouros e uma inédita nona colocação.

Até o momento, o Brasil tem 124 vagas asseguradas e uma meta traçada: subir duas posições e terminar em 7.º na disputa geral. Para isso contará com ajuda de ao menos 11 competidores do Paraná. Com base no Parapan-Americanos de Guadalajara, em 2011, a região tem tudo para ajudar na escalada verde e amarela. Na ocasião, o estado trouxe 7 das 24 medalhas do país.

A lista final dos participantes dos Jogos de Londres será fechada apenas em junho, quando ocorre o encerramento dos ran­kings internacionais, um dos cri­­­­­­térios para a definição dos convocados.

Uma expectativa supe­­ra­­da pelo mesatenista Clau­­dio­­miro Segatto. "Temos a grande dificuldade contra os asiáticos, especialmente contra os chineses. Desta vez, penso em passar, ao menos, das oitavas de final", prevê ele, que foi até as oitavas em Pequim, há quatro anos. Ano passado, foi bicampeão no Pan.

Sua história se parece com a de vários paratletas que estarão na capital inglesa: entrou o esporte como parte da reabilitação.

Claudiomiro teve a perna direita amputada em 1999 por causa de um câncer. Foi a doença que o fez deixar a cidade de Coronel Vivida, onde morava com os pais, agricultores, para fazer tratamento em Curitiba.

Começou a jogar basquetebol em cadeira de rodas. Lo­­go preferiu tentar um esporte individual. Em 2002, foi para o tênis de mesa. De estilo de jogo agressivo, chegou, em dois anos, à seleção nacional.

Além dele, outras espe­­ranças paranaenses em Lon­­dres são Daniel Jorge da Sil­va, da seleção de vôlei sentado, ou­­ro em Guadalajara, e Gleyse Portioli de Souza, prata (exclusivo para deficientes visuais).

O estado, porém, despede-se de uma das principais promessas de medalhas da delegação nacional: a velo­cista mineira Terezinha Gui­­lhermina deixa Maringá, onde se preparou para as três medalhas paralímpicas em Pequim (ouro nos 200 m rasos, prata nos 100 m e bronze nos 400m) e os três ouros em Guadalajara (nas mesmas provas), para treinar em São Paulo. Hoje ela se despede da cidade em que se for­­­mou campeã, na disputa do Torneio Caixa Federação Paranaense de Atletismo.

Com exceção da anfitriã Grã-Bretanha, o Brasil é o país com maior participação em modalidades coletivas: disputará o futebol de 5 (deficientes visuais), futebol de 7 (paralisados cerebrais), goalball , basquete em cadeira de rodas feminino e vôlei sentado, sem e times apenas no rúgbi e basquete masculino.

A delegação brasileira deve aumentar até o final de junho, quando se fecham os rankings mundiais para os esportes individuais.

"Nosso objetivo não é ter a maior delegação, mas sim a melhor para alcançar­mos nossas metas técnicas em todas as modalidades e nosso objetivo de ficar em sétimo no quadro geral de medalhas", ressalta o presidente do Comitê Pa­­ra­­lím­­pico Brasileiro (CPB), An­­drew Parsons.

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