Se aprovada pelo prefeito, a lei prevê notificações e multas, caso a empresa descumpra a ordem| Foto: Imagem enviada por leitor

A manobra de trens da América Latina Logística (ALL) não poderá exceder os 15 minutos na linha férrea que cruza a Avenida Paranavaí, em Maringá. A Câmara Municipal de Maringá (CMM) aprovou, na terça-feira (19), um projeto de lei que determina que os trens respeitem o intervalo mínimo de 15 minutos entre uma manobra e outra. O projeto foi encaminhado ao prefeito e aguarda sanção. ALL diz que ainda não foi notificada.

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De acordo com o presidente da Casa, Ulisses Maia (SDD), os vereadores já receberam muitas queixas de moradores e motoristas que precisam passar pelo trecho em horários de pico. O vídeo, enviado por funcionários de uma gráfica que fica ao lado da avenida, registrou os vagões fazendo manobras e impedindo o trânsito por 31 minutos, segundo Maia.

"É um absurdo essa demora. O trecho é movimentado e as pessoas não podem ficar tanto tempo esperando as manobras serem feitas." Ainda de acordo com o presidente, se aprovada pelo prefeito Carlos Roberto Pupin (PP), a lei prevê notificações e multas caso a empresa descumpra a ordem.

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Para quem passa na avenida todos os dias, o transtorno gera revolta. O empresário Luiz Tel foi o responsável pela gravação do vídeo e diz que o fez devido ao transtorno vivido constantemente. Ele conta que, para ir e voltar do trabalho, sai da rota e pega a Avenida Colombo, tudo para não ter que cruzar a linha férrea.

"O trânsito para. Isso acontece todos os dias e eles levam 20 minutos, meia hora, não se importam com o transtorno que causam. Quem vai a pé ou de bicicleta, atravessa no meio dos vagões, o que é perigoso", desabafa o empresário.

A recepcionista Fabíula Moroti também trabalha ao lado e diz que evita sair na hora do almoço para não correr o risco de se atrasar. "Almoço na empresa. O tempo que se perde esperando o trem passar é estressante e isso acontece todos os dias."

Em nota, a assessoria da ALL informou que projeta suas manobras num prazo de, aproximadamente, 15 minutos. Ressaltou ainda que o trecho é saída do pátio de manobras da companhia e, por conta disso, tem que transportar um grande volume de cargas diariamente, o que impede a mudança nos horários. Sobre o projeto de lei aprovado pela CMM, a empresa diz que ainda não foi notificada e que, portanto, não irá se pronunciar.

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