Vereadores da Legislatura 2001 - 2004 e que foram citados na decisão
Altamir Antonio dos Sanos
Antonio Carlos Marcolin
Aparecido Domingos Regini (Zebrão)
Belino Bravin Filho
Divanir Moreno
Dorival Dias
Edith Dias
Edmar Arruda
Edson Brescancin
Geremias Vicente
João Alves Correa (John)
João Batista Beltrame
José Maria dos Santos (Cabo Zé Maria)
Manoel Álvares Sobrinho
Márcia Socreppa
Mário Hossokawa
Marly Martin
Paulo Mantovani
Silvana Maria Ribeiro Borges
Valter Viana
Walter Guerlles
A Procuradoria Jurídica da Câmara de Vereadores de Maringá informou que deve recorrer da decisão tomada terça-feira (12) pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os ministros decidiram, por unanimidade, que 21 vereadores e ex-vereadores de Maringá devem devolver o dinheiro gasto com gabinete entre 2001 e 2008.
De acordo com STJ, dois projetos de resolução, aprovados pela Câmara Municipal em 2001 e que davam liberdade de gastos para os vereadores em seus gabinetes, são inconstitucionais. Segundo o procurador jurídico da Câmara, Raphael Luque, desde a reforma em 2009, os gastos individuais dos vereadores passam pela sanção do prefeito. Além disso, ele argumenta que resolução e sanção têm aprovação e publicação idênticas. "A diferença é que a resolução não passa pela sanção do prefeito", explica. O procurador defende, também, que de acordo com orientações do Tribunal de Contas do Estado do Paraná, o legislativo municipal tem autonomia para utilizar os projetos de resolução.
Luque também argumenta que existe uma determinação consolidada do próprio STJ em que não é preciso devolver o dinheiro quando o serviço foi comprovadamente prestado. "A gente considera a decisão injusta, pois em casos semelhante essa decisão não foi aplicada."
O procurador relembra que nos casos de nepotismo da Câmara não houve multa ou devolução do dinheiro, assim como ocorreu em diversos casos notificados pelo país. Além disso, o procurador defende que caso a decisão do STJ fosse aplicada deveria ser restrita apenas aos presidentes da Casa, responsáveis pela aprovação das contas.
"Entendo que é uma irregularidade administrativa. Os assessores e agentes políticos não tinham, em sua maioria, qualquer ligação com a gerência da Câmara."
A liberdade de gastos foi aprovada sob a presidência de Walter Guerlles e permaneceu em vigência até abril de 2009, sob os mandatos de João Alves Correia, o "John", e Mário Hossokawa. O procurador jurídico da Câmara explica que a decisão do STJ não torna os vereadores e ex-vereadores inelegíveis, já que não foi constatado um ato de improbidade administrativa, conforme prevê a Lei da Ficha Limpa.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”