O que é o botulismo
O botulismo é uma doença grave causada pela ingestão da toxina botulínica presente em alimentos embutidos, enlatados e em conserva produzidos em condições sanitárias precárias, o que permite a contaminação pelo esporo da bactéria Clostridium botulinum.
Os principais sintomas são visão turva, visão dupla, saliva grossa, insuficiência respiratória, dificuldade para falar e engolir, náusea, vômito, diarreia, dor abdominal, vertigem, tontura e paralisia.
Sem tratamento, 60% dos casos evoluem para a morte, que pode ocorrer entre 12 horas e 10 dias após a ingestão do alimento contaminado. O tratamento ocorre em regime hospitalar com soro específico.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) está investigando dois casos de botulismo notificados em Alto Piquiri, na região Noroeste do Estado. Segundo o superintendente de vigilância em saúde, Sezifredo Paz, o alimento ingerido nas duas situações foi salsichão em nylon. Dois homens teriam adquirido a doença, recebendo tratamento em Umuarama.
O caso ocorreu no mês passado e um dos pacientes morreu. "Os dois apresentaram histórico de ingestão de alimentos embutidos e sintomas compatíveis com o botulismo no mesmo período", afirmou Paz em nota publicada na Agência Estadual de Notícias (AEN).
Como medida de prevenção, a Sesa fez a interdição cautelar do lote suspeito de contaminação. Os produtos consumidos pelos pacientes foram encaminhados para exames que vão verificar se há toxina botulínica.
A situação está sendo analisada pelo Centro de Informações Estratégicas e Respostas Rápidas de Vigilância em Saúde (CIEVS-PR) e o resultado dos exames deve ficar pronto até a primeira semana de março.
Casos
Um dos pacientes apresentou sintomas de botulismo no dia 14 de janeiro, morrendo 11 dias depois. Outro homem teve sintomas em 25 de janeiro e se recuperou após receber o soro antibotulínico. "A melhora do paciente com o tratamento por soro confirma o diagnóstico de botulismo feito pela equipe", destacou a coordenadora do Centro de Informações Estratégicas e Respostas Rápidas de Vigilância em Saúde, Ângela Maron de Mello.
Para o estudo dos casos foram avaliados registros médicos, contato com o paciente e seus familiares e entrevistas com os profissionais envolvidos no diagnóstico e assistência dos casos. "Foi realizado um estudo epidemiológico para obter informações sobre a distribuição dos casos e características da doença, com ênfase nos hábitos e costumes dos pacientes", explica Angela.
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