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Centro e Noroeste concentram metade das cidades do PR sem banda larga

Pesquisa mostrou que pequenos municípios são os que mais sofrem com a falta de oferta do serviço de internet de alta velocidade | Arquivo/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Pesquisa mostrou que pequenos municípios são os que mais sofrem com a falta de oferta do serviço de internet de alta velocidade (Foto: Arquivo/Agência de Notícias Gazeta do Povo)

A maior concentração de municípios paranaenses sem acesso a serviço de banda larga se concentra nas regiões Central e Noroeste. Os dados dão de 2008 e foram divulgados nesta segunda-feira (26) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O objetivo do estudo é a promoção da universalização do acesso rápido à internet. A distribuição do serviço não é problema grave no Paraná, onde a média de domicílios com acesso é maior que a nacional. Mesmo assim, das 27 cidades sem banda larga, nove estão na região Central e cinco estão no Noroeste.

Não contam com internet rápida na região Central: Arapuã, Ariranha do Ivaí, Boa Ventura de São Roque, Campina do Simão, Goioxim, Laranjal, Marquinho, Mato Rico e Nova Tebas. No Noroeste: Alto Paraíso, Mirador, Nova Aliança do Ivaí, São Manoel do Paraná e São Pedro do Paraná, nenhuma das quais na região próxima a Maringá.

No Paraná, a distribuição do serviço está acima da média nacional. 27,6% das residências contam com banda larga, enquanto que em todo o país, a média cai para 20,8%. Em relação ao número de municípios atendidos, a porcentagem é mais animadora: 93,2% das cidades paranaenses podem contratar um plano de internet de alta velocidade; no Brasil são 46,6%.

O estudo divulgado pelo Ipea compilou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2008 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Agência Nacional de Telecomunicações para mostrar problemas no serviço. Os dados mostram que a população de baixa renda e os que moram em municípios menores têm pouco acesso ao serviço.

Mais dados

Segundo os dados divulgados pelo IBGE, 12 milhões de domicílios têm acesso a banda larga, pouco mais de 20% do total. Enquanto nas famílias com rendimento acima de 20 salários o índice de acesso a banda larga é de 83,5%, nas famílias com renda inferior a um salário mínimo apenas 2,6% tem banda larga.

Em relação aos municípios, os dados da Anatel mostram que 47% deles têm acesso ao serviço. Enquanto em todos os que têm mais de um milhão de habitantes o serviço está disponível, nas cidades com até 100 mil moradores o percentual de disponibilidade é de 44%.

O estudo descobriu que o problema de acesso não pode ser resolvido com medidas isoladas, como a redução da carga tributária, por exemplo. Em paralelo à necessidade de universalização, os pesquisadores defendem investimentos para aumentar a velocidade do serviço no Brasil. No país, metade dos consumidores tem velocidade de no máximo 1 mega por segundo. No Japão, a velocidade média é de 92,8 megas por segundo, enquanto na Coreia chega-se a 80,8 megas por segundo e na França a 51 megas por segundo. Estados Unidos e Austrália, inclusive, lançaram um plano para universalizar o serviço com velocidade média de 100 megas por segundo.

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