Chácara de vereador era usada como depósito de contrabando em Umuarama

A Polícia Civil de Umuarama, a 170 quilômetros de Maringá, descobriu que a chácara de um vereador da cidade era utilizada como depósito de produtos contrabandeados. Os policiais encontraram no local, na manhã de terça-feira (6), um caminhão e quatro carros carregados com produtos eletrônicos vindos do Paraguai. Sete pessoas foram presas. O político em questão é Sidmar Aparecido Vasiliausha, conhecido como Chulin.

Por meio do advogado, o vereador informou à reportagem que frequentava a chácara apenas eventualmente e que não sabia do crime. A propriedade fica no bairro São Cristóvão.

Os veículos estavam carregados com mais de 700 mercadorias, como notebooks, receptores de tevê, rádios para carro e produtos de informática em geral, conforme nota divulgada pela Polícia Federal à imprensa. A polícia estima o valor dos itens em até R$ 250 mil. O flagrante aconteceu após uma série de denúncias anônimas.

"Na manhã de ontem [terça-feira] fomos informados de que um caminhão havia entrado no local, para receber um carregamento e transportá-lo para outra cidade. Checamos até a chácara e demos o flagrante", conta o investigador da PC José Edson Neres, que participou do trabalho.

Ele diz que, entre os presos, está a sogra do vereador, que morava no local. A mulher foi detida porque guardava em casa uma arma em situação irregular. Os outros seis presos estavam carregando o caminhão. Eles foram encaminhados para a sede da PF em Guaíra, junto com os veículos e o contrabando, e serão indiciadas pelo crime de descaminho.

Neves explica que o contrabando era trazido nos carros e então transferido para o caminhão, que levava as mercadorias até outros estados. "O motorista nos disse que iria para São Paulo, onde passaria os produtos para um taxista."

Entre os produtos estão cinco notebooks, 20 receptores de TV; 70 placas-mãe; 92 modems; 227 placas de PC e 70 rádios automotivos. Eles eram colocados no caminhão sob uma camada de amido de milho.