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Cidades das regiões Noroeste e Centro-Oeste com os maiores índices de mortes de crianças e adolescentes

Maiores taxas de mortalidade em acidentes de transporte

3º - Cianorte (10 mortes e taxa de 48,4)

6º - Paranavaí (9 mortes e taxa de 37)

14º - Campo Mourão (8 mortes e taxa de 29,5)

19º - Umuarama (8 mortes e taxa de 27,6)

58º - Maringá (19 mortes e taxa de 19,8)

71º - Sarandi (5 mortes e taxa de 18,2)

Maiores taxas de mortalidade em outros tipos de acidentes

51º - Umuarama (4 mortes e taxa de 13,8)

71º - Paranavaí (3 mortes e taxa de 12,3)

Maiores taxas de homicídio

60º - Campo Mourão (9 mortes e taxa de 33,1)

Maiores taxas de suicídio

51º - Campo Mourão (1 caso e taxa de 3,7)

52º -Sarandi (1 caso e taxa de 3,6)

58º - Umuarama (1 caso e taxa de 3,4)

* Média é obtida a partir da proporção do número de mortes por cada cem mil jovens com até 19 anos

Maringá tem maior número de mortos no trânsito

O município paranaense que aparece no ranking com o maior número de mortes por acidentes de trânsito foi Maringá, com uma taxa de 19,8 casos para cada cem mil pessoas. De acordo com o Mapa da Violência, 19 crianças e adolescentes perderam a vida no trânsito maringaense em 2010.

Pela contagem da Secretaria dos Transportes (Setran), a quantidade foi menor, com 13 vítimas naquele ano. De qualquer forma, os números da pasta apontam que desde 2005, pelo menos 66 pessoas com até 19 anos morreram em acidentes de trânsito em Maringá, incluindo as vítimas da Avenida Colombo (extensão da BR-376), que há três anos passou a ser fiscalizada pela Polícia Rodoviária Federal. Para a comandante do Pelotão de Trânsito (Peltran) de Maringá, tenente Wanderléa de Faria, a imprudência e a imperícia são as principais causas das mortes. "Nas blitze encontramos muitos jovens não habilitados e até embriagados", revela.

Apesar do problema, o número de mortos no trânsito tem caído na cidade. No ano passado, foram seis vítimas com até 19 anos de idade, sete casos a menos do que no ano anterior. Já o número total caiu de cem mortes em 2010 para 79 em 2011. Até a noite de sexta-feira (17), o relatório apontava 40 vítimas este ano, sendo cinco adolescentes.

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Algumas cidades da região Noroeste do Paraná estão entre os locais com as maiores taxas de mortalidade envolvendo crianças e adolescentes no Brasil. É o que aponta o Mapa da Violência 2012, estudo divulgado mês passado pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela) e pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso).

De acordo com o levantamento, a maior parte das vítimas da região esteve envolvida com acidentes de trânsito. Somente em 2010 (ano base do estudo), pelo menos 51 pessoas com até 19 anos de idade morreram em Maringá, Umuarama, Paranavaí, Cianorte e Sarandi. O estudo nacional é resultado da análise de registros médicos e certidões de óbito em municípios com mais de 20 mil crianças e adolescentes.

Na região, o maior índice de mortes ocorre em Cianorte, que aparece em terceiro lugar no ranking nacional, com dez jovens mortos no trânsito e taxa de 48,4 casos para cada cem mil pessoas. ranking nacional, a "capital do vestuário" só fica atrás de Barbalha (CE), com índice de 89 vítimas a cada cem mil crianças; e Francisco Beltrão, com taxa de 48,5.

Segundo o comandante da Polícia Militar em Cianorte, capitão Gilberto Baronseli, a maior parte dos acidentes envolvendo mortes no município ocorre fora da região central, principalmente na PR-323. "Esta estrada é uma das mais violentas do estado e isso acaba aumentando a estatística [de mortos] de Cianorte", explicou.

Outra cidade do Noroeste que aparece nas primeiras posições do ranking nacional é Paranavaí, que apresenta a sexta maior taxa de óbitos na faixa até os 19 anos, com 37 mortos para cada cem mil crianças e adolescentes em 2010 (nove vítimas naquele ano). Entre os municípios da região listados, Umuarama aparece em 19º lugar, Maringá em 58º e Sarandi em 71º. No Paraná, também integram a lista: Toledo (10º), Arapongas (13º), Campo Mourão (14º), Guarapuava (30º), Pato Branco (48º) e Campo Largo (88º).

Para o analista de trânsito e ex-diretor da Secretaria dos Transportes de Maringá (Setran), Luís Riogi Miura, a maior parte destas localidades não dispõem de uma fiscalização mais contínua e eficiente. "São municípios que ficam num meio intermediário. Primeiro, não têm um sistema de controle do trânsito com grande estrutura, como os oferecidos nas cidades maiores. Em segundo lugar, também não são locais tão pequenos, onde todos se conhecem e existe um controle social mais eficiente em termo de relações."

Outros acidentes

O estudo também lista as cem cidades com maior taxa de mortalidade de jovens em outros tipos de acidentes, como quedas, afogamentos, exposição ao fogo e à corrente elétrica, entre outros casos. Sete cidades paranaenses fazem desse ranking, incluindo Umuarama (com quatro mortes e taxa de 13,8) e Paranavaí (três mortes e taxa de 12,3), que ocupam a 51ª e a 71ª posições respectivamente. No estado, também foram listadas: Telêmaco Borba (10º colocado), Araucária (42º), Paranaguá (49º), Almirante Tamandaré (94º) e São José dos Pinhais (100º). Homicídios

Doze cidades paranaenses estão no ranking com as maiores taxas de homicídios de pessoas com até 19 anos. Nove delas estão localizadas na Região Metropolitana de Curitiba, incluindo Pinhais, onde 20 crianças e adolescentes foram mortos em 2010, uma taxa de 52,2 casos por cem mil pessoas, maior índice do estado e 16º do Brasil. Já a maior quantidade de casos ocorreu em Curitiba, com 181 mortes, média de 37 casos por cem mil jovens.

Nenhuma cidade da região Noroeste faz parte desta listagem. Campo Mourão ( na região Centro-Oeste) ocupa 60ª posição, com nove assassinados e índice 33,1. Ainda parecem no ranking: Piraquara, Cascavel, Almirante Tamandaré, Fazenda Rio Grande, Telêmaco Borba, Campo Largo, Colombo, São José dos Pinhais e Araucária.

No ranking com 92 países, o Brasil ocupa a quarta maior taxa de homicídios de jovens do mundo, com 13 mortes em cem mil jovens de 15 a 19 anos. O resultado só é superado por El Salvador, Venezuela e Guatemala apresentam taxas de homicídio maiores que a do Brasil.

Segundo o coordenador do estudo, o pesquisador argentino Julio Jacobo Waiselfiz, As elevadas taxas de homicídio mostram que o Brasil e os países da América Latina são sociedades violentas. Ao menos, ele salienta que houve melhora da cobertura médica legal. "Dados da OMS [Organização Mundial da Saúde] dão conta de que tínhamos, até os anos 90, algo em torno de 20% de óbitos que não eram registrados. Os corpos desapareciam, algumas vezes em cemitérios clandestinos. Hoje a estimativa é de um recuo neste índice, para 10%", afirmou em entrevista para a Agência Brasil.

Suicídios

Os casos envolvendo suicídios de jovens com menos de 19 anos são raros na região Noroeste do Paraná. Mesmo assim, Sarandi e Umuarama aparecem no ranking nacional com um caso cada, ocupando as posições de número 52 e 58 do ranking. No Paraná, o maior número de casos foi registrado em Ponta Grossa, com quatro mortes. Pato Branco, Francisco Beltrão, Campo Mourão, Almirante Tamandaré e São José dos Pinhais também foram listados

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